
Um capítulo triste na história ambiental de Brasília chegou ao fim nesta segunda-feira (20). O tronco que restava da gameleira centenária da 308 Norte, na Asa Norte, foi finalmente removido do local após um incêndio criminoso e uma intensa disputa judicial que mobilizou moradores e autoridades.
O fim de um símbolo da capital federal
A operação de remoção começou nas primeiras horas da manhã e contou com equipes especializadas da Novacap. A árvore, que havia sido reduzida a um tronco após o incêndio criminoso ocorrido em agosto, era um verdadeiro símbolo da memória afetiva dos brasilienses.
"Era mais que uma árvore, era parte da nossa história", desabafou uma moradora que preferiu não se identificar, acompanhando emocionada a remoção.
Disputa judicial chega ao fim
A retirada só foi possível após a decisão judicial que autorizou a intervenção. Desde o incêndio, grupos de moradores se mobilizavam para tentar salvar o que restava da gameleira, enquanto especialistas alertavam para os riscos de desabamento.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) havia recomendado a remoção por questões de segurança, destacando que o tronco carbonizado representava perigo iminente para pedestres e veículos que circulavam pelo local.
Operação cuidadosa preserva memória
A Novacap garantiu que a operação foi realizada com todo o cuidado necessário. "Fizemos o desmonte controlado para preservar ao máximo o que ainda poderia ser aproveitado da árvore", explicou um dos engenheiros envolvidos na ação.
Partes do tronco serão destinadas para projetos de educação ambiental, assegurando que a história desta gameleira não seja esquecida pelas futuras gerações.
Investigaciones em andamento
Enquanto isso, as investigações sobre o incêndio criminoso continuam. A Polícia Civil do DF busca identificar os responsáveis pelo ataque à árvore histórica, que testemunhou décadas do desenvolvimento da capital federal.
O caso serve como alerta para a necessidade de maior proteção ao patrimônio ambiental de Brasília, cidade conhecida mundialmente por seu projeto urbanístico integrado à natureza.