
Quem nunca sentiu aquele cheirinho de terra molhada e se lembrou das brincadeiras de criança debaixo das árvores? Pois é exatamente essa emoção que a empresária Mariana Lopes quer resgatar com seu projeto inovador no norte do Paraná.
Nascida e criada em Londrina, ela decidiu investir pesado — e com o coração — em algo que parece simples, mas que está fazendo a diferença: plantar mudas daquelas espécies que marcaram a infância dos moradores mais antigos da região. Jacarandás, ipês e até pés de amora que faziam a alegria da garotada décadas atrás.
Não é só nostalgia
Mas calma lá que isso não é só um projeto saudosista. A iniciativa tem pé (e raiz) na ciência: as espécies escolhidas são nativas e ajudam a recompor áreas degradadas. "Quando a gente mistura memória afetiva com consciência ambiental, o resultado é mágico", diz Mariana, enquanto mostra orgulhosa as primeiras mudas que já começam a transformar a paisagem.
O que começou como uma homenagem às próprias lembranças virou um movimento comunitário. Vizinhos começaram a doar mudas, escolas incluíram o tema nas aulas de ciências e até a prefeitura demonstrou interesse em ampliar a ideia para outras áreas da cidade.
Por que isso importa?
- Combate direto ao desmatamento na região
- Fortalecimento do senso de comunidade
- Educação ambiental prática para crianças e adultos
- Preservação de espécies nativas ameaçadas
E tem mais: os especialistas explicam que projetos assim são vitais num momento em que o Paraná perdeu quase 30% de sua cobertura vegetal original. "É reflorestar o presente sem esquecer o passado", define o biólogo Carlos Mendes, consultor do projeto.
Enquanto isso, Mariana já planeja a próxima fase — quem sabe incluir bancos sob as árvores para que os avós possam contar aos netos as mesmas histórias que ouviam quando crianças. Afinal, sustentabilidade também é sobre manter viva a nossa história.