
Não foi só madeira que caiu no chão naquele dia — um pedaço da história virou pó. Dois homens, cujos nomes a justiça preferiu não divulgar ainda, acabaram de pegar cana por um crime que deixou muita gente com o coração na mão: derrubar aquela árvore centenária que até fez ponta no filme Robin Hood, lembra?
A sentença saiu ontem, e não foi moleza: 3 anos de cadeia para cada um. E olha que a defesa tentou de tudo — alegou que era "apenas uma árvore", como se séculos de vida pudessem ser repostos como mercadoria no supermercado.
O que aconteceu?
Naquela tarde de abril, vizinhos ouviram o barulho da motosserra antes mesmo de ver o gigante verde tombar. Quando chegaram, era tarde. A cena? Madeira rachada, folhas espalhadas e dois caras tentando fugir com o "troféu" — que, aliás, não valia um centavo no mercado negro.
Detalhe macabro: eles nem sabiam que a árvore tinha fama. Cortaram porque "atrapalhava a vista" de um terreno que nem era deles. Ironia ou burrice? O juiz parece ter considerado as duas opções.
Repercussão
Nas redes sociais, o caso virou polêmica. De um lado, os ecochatos (com razão, diga-se) falando em crime contra o planeta. Do outro, uns malucos dizendo que "árvore não tem sentimento". Só faltou perguntar se esses nunca brincaram na sombra de uma gameleira na infância.
E tem mais: biólogos calcularam que aquela árvore — uma figueira de mais de 200 anos — absorvia carbono suficiente para compensar 5 carros rodando o ano inteiro. Faz pensar, né?
E agora?
A multa? R$ 50 mil para cada condenado. Valor que vai para projetos ambientais, mas que não traz de volta o que foi perdido. Enquanto isso, o toco da árvore virou ponto de peregrinação — gente deixando flores, cartas, até velas. Parece até que alguém importante morreu.
E morreu mesmo. Só que em vez de gente, era um pedaço vivo da nossa memória coletiva. Resta saber se a sentença vai servir de exemplo ou se vai acabar como aquelas leis que todo mundo ignora. Torçamos para a primeira opção.