
Parece que o fogo resolveu fazer morada no Ceará — e a situação está longe de ser controlada. Só no último mês, os bombeiros viraram praticamente andarilhos do combate às chamas, registrando uma média diária de 43 incêndios em áreas de vegetação. Uma loucura, não é?
Os números são de assustar qualquer um: 1.294 ocorrências entre 14 de setembro e 13 de outubro. Dá pra acreditar? Enquanto isso, a fumaça toma conta dos céros e a população fica refém dessa tragédia ambiental que se repete — e piora — a cada ano.
O Mapa do Inferno Cearense
Algumas regiões simplesmente viraram palco privilegiado dessa destruição toda. A Serra de Maranguape, por exemplo, parece estar sempre com algum ponto de fogo ativo. Mas não para por aí não:
- Serra de Baturité: Virou praticamente um alvo preferencial das chamas
- Serra da Aratanha: Outra que sofre constantemente com as queimadas
- Região do Cariri: Também aparece com frequência nos registros dos bombeiros
E olha que o pior pode estar por vir — o período mais crítico tradicionalmente vai de agosto a dezembro. Ou seja, estamos bem no meio do furacão de fogo.
Por Que Tanto Fogo?
Aí você me pergunta: mas o que está causando essa enxurrada de incêndios? Bom, a receita do desastre parece ter vários ingredientes:
- Ação humana: Muita gente ainda acha que queimar lixo ou fazer limpeza de terreno com fogo é normal
- Condições climáticas: O tempo seco e os ventos fortes são combustível perfeito para o fogo se alastrar
- Falta de prevenção: A conscientização ainda patina em muitas comunidades
E tem mais — os bombeiros alertam que até bitucas de cigarro jogadas pela janela do carro podem virar um incêndio de grandes proporções. Parece exagero, mas não é.
E Agora, José?
Enquanto as chamas avançam, os bombeiros fazem verdadeiros malabarismos para dar conta de tudo. Eles têm um aviso importante: não tentem combater incêndios por conta própria. A orientação é clara — afaste-se do local e ligue imediatamente para o 193.
Mas sabe o que é mais preocupante? Muita gente ainda subestima o poder destrutivo do fogo. Uma pequena fagulha pode virar um inferno em questão de minutos — especialmente nesse período do ano, quando a vegetação está mais seca que biscoito velho.
O que me preocupa — e deveria preocupar a todos — é que estamos normalizando essa situação. Um mês com mais de mil incêndios não pode ser tratado como "mais do mesmo". É um grito de alerta que ecoa através da fumaça e das cinzas.