Brasil Atinge Recorde Histórico: Agosto Tem o Menor Número de Queimadas Desde o Início das Medições
Brasil tem menor número de queimadas em agosto da história

Quem diria, hein? Num país acostumado a ver suas paisagens sendo consumidas pelo fogo, eis que surge uma notícia que, francamente, é um alívio para a alma. Os dados são do INPE – aquele instituto que vive de olho no céu e na terra – e mostram que agosto, tradicionalmente um mês crítico, simplesmente surpreendeu.

Foram meros 18.984 focos de calor detectados pelos satélites. Agora segura aí: isso representa uma queda de nada menos que 44% se a gente for comparar com a média que a gente vinha registrando nos últimos tempos. É um número tão baixo que bateu o recorde da série histórica, que começou lá em 1998. Vinte e cinco anos de observação, e o melhor resultado aparece agora.

O Que Explica uma Virada Dessas?

Bom, aí a gente entra no campo das especulações – mas umas bem fundamentadas, vou te dizer. O tempo ajudou, claro. Choveu mais do que o esperado em algumas regiões cruciais, o que é um baita inibidor natural de fogo. Mas só a meteorologia não explica tudo.

Parece que uma combinação de fatores finalmente começou a funcionar. Ações de fiscalização mais presentes – e isso é importante destacar –, uma conscientização que, ainda que devagar, vai pegando, e talvez até uma certa pressão internacional que fez com que as coisas fossem levadas mais a sério. Não foi um milagre, foi trabalho (e uma dose de sorte com o clima).

E o Futuro? Será que é Sustentável?

É a pergunta de um milhão de dólares. Um mês bom não faz verão, como diz o ditado. A gente sabe que setembro e outubro ainda são os meses que assustam, onde a seca está no seu auge e o risco dispara. Mas não dá pra negar: esse resultado de agosto é um marco. É a prova de que é possível, sim, reverter a tendência assustadora dos últimos anos.

Serve como um incentivo, um exemplo do que pode ser alcançado quando as condições – naturais e humanas – se alinham. Agora, é torcer – e cobrar – para que não seja apenas um ponto fora da curva, mas o início de uma nova tendência de cuidado com nosso patrimônio natural.