Brasil tem o agosto com menos queimadas da história: um alívio e tanto para o meio ambiente
Brasil tem agosto com menos queimadas da história

Parece que finalmente temos uma notícia para comemorar quando o assunto é meio ambiente no Brasil. Sabe aquele cheiro de fumaça que costuma tomar conta do ar em agosto? Pois é, ele deu uma trégua significativa este ano.

Os números são mesmo surpreendentes - e vêm diretamente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Agosto de 2025 registrou apenas 15.692 focos de calor em todo o território nacional. Para você ter ideia do que isso significa, é a menor marca para o mês desde que o monitoramento começou, lá em 1998.

E olha que agosto é historicamente um mês cruel para nossas florestas. É quando a seca atinge seu ápice em boa parte do país, transformando a vegetação em verdadeiro estopa. Mas este ano, a natureza resolveu colaborar.

Chuva no momento certo fez a diferença

Os especialistas apontam que as chuvas acima da média em regiões críticas como Amazônia e Cerrado foram decisivas. Não foi milagre - foi basicamente o clima dando uma ajudinha importante. A umidade do ar mais elevada e as precipitações inesperadas mantiveram a vegetação menos vulnerável às chamas.

Mas não vamos ser ingênuos. Acho que também houve, sim, uma mudança no comportamento humano e na fiscalização. Operações de combate às queimadas parecem ter surtido efeito, com equipes atuando preventivamente em áreas de risco.

Para além dos números: o que isso significa?

Quando reduzimos as queimadas, ganhamos em diversos aspectos:

  • Melhora drástica na qualidade do ar que respiramos
  • Preservação da biodiversidade - quantos animais não foram carbonizados este ano?
  • Proteção de terras indígenas e unidades de conservação
  • Menos emissões de gases de efeito estufa

É claro que um mês não faz verão, como diz o ditado. Setembro ainda pode reservar surpresas desagradáveis, mas começar o período crítico com números tão baixos é, no mínimo, animador.

Restamos agora com um misto de esperança e cautela. Será que finalmente estamos aprendendo a conviver com nossos biomas? O tempo - e os próximos boletins do INPE - dirão.