
Quem diria, hein? Depois de anos vendo a Amazônia virar notícia pelas piores razões, eis que agosto de 2025 chega com uma daquelas reviravoltas que a gente nem esperava mais.
Os números do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - simplesmente explodiram qualquer previsão pessimista. Uma redução de 82% no número de focos de calor no Amazonas, comparando agosto deste ano com o mesmo período de 2024.
Parece até mentira, mas não é. A gente fica aqui tentando digerir uma notícia dessas. Será que finalmente estamos aprendendo a lição?
Os Números que Falam por Si
Vamos aos detalhes que importam. Em agosto do ano passado, os satélites do INPE captaram 1.435 focos de queimadas no estado. Este ano? Apenas 256. A diferença é tão gritante que chega a dar um nó na cabeça.
E não foi só no Amazonas que a coisa melhorou. Olhando para toda a Amazônia Legal, a queda foi de 61%. Mas convenhamos: o desempenho amazonense foi simplesmente espetacular.
Mas Afinal, o que Mudou?
Aqui é que a coisa fica interessante - e polêmica. Especialistas apontam para um conjunto de fatores, mas ninguém quer cravar uma única razão.
- Chuvas fora de época que simplesmente deram uma trégua no período tradicionalmente seco
- Fortalecimento da fiscalização em áreas críticas (alô, Ibama e ICMBio)
- Pressão internacional que finalmente pode estar surtindo efeito prático
- Mudanças nas práticas agrícolas de alguns produtores (sim, isso existe!)
É aquela velha história: quando a esmola é demais, o santo desconfia. Mas vamos combinar que é melhor celebrar a boa notícia enquanto ela dura, não?
Um Alívio, Mas Sem Baixar a Guarda
Todo mundo que acompanha a Amazônia sabe: uma boa temporada não faz verão. O climatologista Carlos Nobre já avisou - "é excelente, mas não podemos cantar vitória".
E ele tem razão. O sistema de monitoramento por satélites continua de olho aberto. A temporada de seca ainda não acabou e setembro tradicionalmente é complicado.
Mas cá entre nós: depois de tantos anos de más notícias, uma vitória dessa magnitude merece ser comemorada. Mesmo que com cautela.
O que você acha? Será que finalmente estamos virando o jogo na Amazônia? Ou é só um respiro antes da próxima tempestade de fumaça?