
Parece que o inferno resolveu dar as caras no Acre — e não, não é exagero. Só nos primeiros quinze dias de julho, os bombeiros já contabilizaram mais de 300 ocorrências de incêndio em Rio Branco. Um número que daria um filme de terror, se não fosse a triste realidade.
Os dados são da Secretaria de Meio Ambiente do estado, que anda com os pés nas brasas — literalmente. Segundo eles, a situação está muito acima do que se esperava para o período. "É como se toda semana tivéssemos um pequeno apocalipse", comenta um agente ambiental que preferiu não se identificar.
O que está por trás dessa fumaça toda?
Especialistas apontam três vilões principais:
- A seca que teima em não dar trégua
- Práticas agrícolas questionáveis (aquela velha história de "limpar o terreno com fogo")
- E, claro, a ação humana — porque tem gente que ainda acha que jogar bituca de cigarro na mata é inofensivo
O Corpo de Bombeiros, que já estava com a mão na mangueira, agora praticamente vive de plantão. "Tá difícil até de respirar", brinca um soldado, entre um combate às chamas e outro. A piada, infelizmente, tem fundo de verdade: a qualidade do ar na capital piorou consideravelmente.
E o pior pode estar por vir
Julho mal começou e os números já assustam. Se continuar nesse ritmo, 2025 pode bater recordes tristes — e ninguém quer esse tipo de troféu. Enquanto isso, a população se vira entre a fumaça e a preocupação: "Todo ano é a mesma coisa, mas esse tá pior", desabafa Dona Maria, moradora de um bairro periférico que já teve que lidar com focos próximos de casa.
As autoridades garantem que estão fazendo o possível — o difícil é saber se "o possível" vai ser suficiente. Enquanto as chamas não dão sossego, o jeito é torcer por chuva... ou por um milagre.