E aí, o que parecia mais uma jogada de mestre do ex-presidente Donald Trump para acelerar as deportações de imigrantes nos Estados Unidos acabou esbarrando na justiça. De novo. Desta vez, foi uma juíza federal quem deu o veredicto: um sonoro não.
Parece que a estratégia de ampliar as chamadas "deportações rápidas" — aquelas que praticamente não dão tempo para o imigrante respirar, muito menos se defender — não colou. A magistrada entendeu que a medida, assinada por Trump no final de agosto, ia longe demais. Muito longe.
Mas o que exatamente Trump queria fazer?
Basicamente, ele tentou ampliar um mecanismo já existente — e já polêmico — que permite a deportação sumária de pessoas que estão no país há menos de duas semanas e foram encontradas até 100 milhas da fronteira. Só que, na prática, a coisa ia muito além disso. Quase um atalho para expulsões em massa, sem direito a julgamento ou recurso.
Não deu certo. A juíza considerou que a ordem feriu princípios básicos do devido processo legal — aquela velha e boa garantia de que ninguém pode ser simplesmente tirado do país sem chance de se explicar. Algo como ser julgado sem ter direito a defesa. Soa familiar?
E o que isso significa na prática?
Por enquanto, a política de Trump está congelada. Parada. Enquanto isso, milhares de imigrantes que poderiam ter sido afetados ganharam um fôlego. Uma trégua inesperada — e com sabor de vitória para organizações de direitos humanos, que correram para a justiça assim que a medida foi anunciada.
Não é a primeira vez que Trump tenta algo assim, claro. Seu governo sempre foi marcado por medidas duras contra imigração — muitas delas barradas pela justiça. E essa, pelo visto, seguiu o mesmo caminho.
Resta saber se a administração atual vai recorrer. Ou se vai deixar quieto e seguir em frente — quem sabe com políticas menos agressivas e mais… humanas? Difícil dizer. Mas por hoje, a ordem da juíza vale. E muitos respiram aliviados.