
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação na Justiça para combater atividades de mineração ilegal e conflitos fundiários no Quilombo Cafundó, localizado em Salto de Pirapora, no interior de São Paulo.
A comunidade, que luta há anos pelo reconhecimento de seus direitos territoriais, enfrenta agora ameaças de exploração mineral irregular e disputas por terras. O MPF alega que as atividades de mineração estão causando danos ambientais e violando os direitos dos quilombolas.
Impactos ambientais e sociais
Segundo o MPF, as operações de mineração no território do Quilombo Cafundó têm gerado:
- Degradação do solo e dos recursos hídricos;
- Desmatamento ilegal;
- Conflitos entre a comunidade e invasores;
- Violência e ameaças aos moradores.
A ação judicial pede a suspensão imediata das atividades minerárias e a regularização fundiária da área, garantindo os direitos constitucionais da comunidade quilombola.
Histórico de resistência
O Quilombo Cafundó é uma das comunidades tradicionais mais antigas da região, com raízes que remontam ao período colonial. A luta pela titulação das terras já dura décadas, mas a pressão de grileiros e empresas de mineração tem intensificado os conflitos recentemente.
O MPF destaca que a proteção do território é essencial para preservar a cultura, a história e a sobrevivência da comunidade quilombola.
Próximos passos
A Justiça ainda não se manifestou sobre o caso, mas a expectativa é que haja uma decisão rápida devido à gravidade das denúncias. Enquanto isso, os moradores do Quilombo Cafundó continuam resistindo e buscando apoio de órgãos públicos e entidades de direitos humanos.