Uma cena comum se repete diariamente no bairro Vila Pedroso, em Gurupi, Tocantins: a poeira que se levanta com a passagem de cada veículo transforma a rotina dos moradores em um verdadeiro desafio. Entre eles está a dona de casa Maria de Fátima, que viu seu pequeno negócio ser diretamente afetado pela situação.
"Já deixei de vender espetinho por causa da poeira"
Maria de Fátima revela com tristeza como a poeira constante interfere em sua fonte de renda. "A gente faz espetinho para vender, mas com essa poeira toda, não tem condições. Já perdi vendas porque ninguém quer comprar comida com poeira voando", desabafa a moradora.
A situação se agrava ainda mais nos períodos de seca, quando a poeira se torna insuportável. Os moradores precisam conviver com:
- Poeira entrando nas casas constantemente
- Roupas não podem ser estendidas no varal
- Problemas respiratórios se agravando
- Dificuldade para desenvolver atividades comerciais
- Desvalorização dos imóveis da região
Reclamações ignoradas pela prefeitura
Segundo os moradores, as reclamações junto ao poder público se arrastam há anos sem solução. "A gente já reclamou, já fez de tudo, mas a situação continua a mesma. Parece que esqueceram da nossa existência", lamenta outra residente do bairro.
A falta de asfalto não é apenas uma questão de conforto, mas afeta diretamente a saúde e o sustento das famílias. Muitos relatam aumento de casos de problemas respiratórios, especialmente entre crianças e idosos.
Impacto econômico na comunidade
Além do caso de Maria de Fátima com seus espetinhos, outros pequenos comerciantes do bairro enfrentam dificuldades similares. A poeira afasta clientes e impede o desenvolvimento de atividades econômicas locais, mantendo a comunidade em situação de vulnerabilidade.
"A situação aqui está péssima", resume Maria de Fátima, ecoando o sentimento de todos os moradores do Vila Pedroso que esperam há anos por uma solução que parece nunca chegar.
