Com a chegada das chuvas no Tocantins, um visitante peculiar começa a aparecer com mais frequência nas áreas urbanas: a mucura, também conhecida como gambá. Este marsupial brasileiro, que muitas vezes é confundido com roedores, está longe de ser uma ameaça e desempenha um papel crucial no ecossistema.
O que são as mucuras e por que surgem na chuva?
As mucuras são animais noturnos que possuem uma bolsa marsupial, assim como os cangurus. Durante o período chuvoso, que vai de outubro a abril no Tocantins, elas são forçadas a sair de seus habitats naturais em busca de abrigo e alimento.
As principais razões para essa migração urbana incluem:
- Inundação de tocas e abrigos naturais
- Busca por alimentos mais acessíveis
- Necessidade de abrigo seguro para reprodução
- Expansão urbana sobre áreas naturais
Mito versus realidade: desvendando a mucura
Ao contrário do que muitos pensam, as mucuras não são ratos gigantes nem representam perigo para os humanos. Na verdade, elas são aliadas no controle de pragas, alimentando-se de insetos, pequenos roedores e até escorpiões.
Características que surpreendem:
- São imunes ao veneno de cobras e escorpiões
- Possuem sistema imunológico robusto
- Desenvolvem estratégia de defesa única: "fingem-se de mortas"
- São animais limpos e organizados
Como conviver pacificamente com as mucuras
Especialistas recomendam medidas simples para evitar encontros indesejados:
Mantenha a casa segura: feche bem lixeiras, evite deixar restos de comida ao ar livre e vedar possíveis acessos a forros e sótãos.
Em caso de encontro: mantenha a calma, não tente tocá-las ou alimentá-las. Geralmente, elas seguirão seu caminho sozinhas.
Importância ecológica das mucuras
Esses marsupiais são verdadeiros controladores naturais de pragas. Cada mucura pode consumir centenas de insetos e pequenos roedores por noite, ajudando a manter o equilíbrio ambiental mesmo nas áreas urbanas.
A presença das mucuras nas cidades do Tocantins durante o período chuvoso é um lembrete da rica biodiversidade brasileira e da necessidade de aprendermos a conviver harmoniosamente com nossa fauna nativa.