Recorde Absoluto: Ilhabela Registra Quase 700 Baleias Jubarte em Temporada Histórica
Ilhabela: temporada recorde de baleias jubarte!

Quem diria, hein? O ano de 2025 vai ficar marcado na história de Ilhabela — e não é por causa do verão, que até que foi bem tranquilo. Dessa vez, a fama veio das águas, mais precisamente das gigantes gentis que resolveram dar as caras por aqui em um número simplesmente inacreditável.

Pensa só: quase setecentos registros de baleias jubarte! Setecentos! É gente pra chuchu, ou melhor, baleia pra dar e vender. Dá até pra perder as contas — e olha que tem gente que passou a temporada toda de binóculo na mão, tentando não piscar.

Um espetáculo que nem de longe foi silencioso

E não é que elas vieram mesmo, e com tudo? De julho pra cá, foi um vai e vem de nadadeiras, jatos d'água e aqueles cantos que — quem já ouviu garante — parecem uma seresta no meio do oceano. Alguns pescadores mais antigos, acostumados com o ritmo do mar, até se emocionaram. "Tem ano que vê uma ou duas, e já é lucro", disse um, sob o sol inclemente do píer. "Mas dessa vez? Meu amigo, parecia fila de show."

Não foi por acaso, claro. Alguém aí ainda acredita em coincidência? O trabalho de monitoramento da Prefeitura, junto com aqueles pesquisadores que não tiram o pé do barco nem por um minuto, foi fundamental. Fizeram a lição de casa — e olha que não foi fácil.

Preservar é preciso, navegar também — mas com cuidado

E aí é que está o X da questão: com tanta baleia na área, o cuidado tinha que ser redobrado. Imaginou uma frota de escunas e lanchas rodeando os animais? Pois é, nem pensar. A campanha “Navegue com Respeito” pegou de jeito. Os comandantes dos barcos — gente que conhece o mar como a palma da mão — abraçaram a causa. Mantiveram distância, reduziram velocidade e ainda viraram guias turísticos não-oficiais, explicando tudo sobre as visitantes ilustres.

E o público? Ah, o público correspondeu. Gente de todo canto do Brasil — e até gringo — veio só pra tentar dar uma espiada. Movimentou o turismo, encheu pousada, lotou restaurante. E o melhor: tudo de forma consciente. Quem viu, vibrou. Quem não viu, já está se programando para o ano que vem — e torcendo para que as jubarte marquem presença de novo.

Além do espetáculo: o que isso significa?

Ora, mais do que apenas um show da natureza, esse recorde é um sinal. Algo está mudando — e para melhor. A recuperação das jubarte na costa brasileira não é de hoje, mas um número desses, tão perto da nossa praia, é inédito. Especialistas arriscam dizer: pode ser o resultado de décadas de trabalho — e de um oceano que, aos pouquinhos, se refaz.

Claro, ninguém está baixando a guarda. Ainda há ameaças, e o mar sempre será um lugar de desafios. Mas ver quase setecentas baleias cruzando nossas águas? Isso não é só notícia. É um presente. Daqueles que a gente guarda na memória — e, com sorte, nos olhos, por muito tempo.

Ilhabela, hein? Agora oficialmente a capital paulista das jubarte. Quem duvidava, se rendeu. E quem já sabia, só comemorou. Até a próxima temporada — porque, convenhamos, depois de um espetáculo desses, elas vão querer voltar. Certeza.