Campo Grande se veste de roxo: conheça a árvore que não é ipê e encanta a capital
Campo Grande roxa: a árvore que não é ipê

Parece que alguém pegou um pincel gigante e pintou a cidade inteira de tons lilás e violeta. Quem circula por Campo Grande nestes dias de outubro se depara com um verdadeiro espetáculo da natureza — e não, não são os tradicionais ipês-roxos que todo mundo conhece.

A verdadeira estrela do momento é a resedá-gigante, uma árvore originária da Índia que resolveu mostrar toda sua exuberância justamente quando a primavera começa a esquentar os dias sul-mato-grossenses.

Uma confusão mais comum do que se imagina

Olha, é compreensível o engano. As flores são roxas, a época de floração é parecida, mas as diferenças saltam aos olhos quando paramos para observar com mais calma. Enquanto o ipê-roxo tem aquelas flores em formato de trompete que caem formando um tapete no chão, a resedá-gigante apresenta inflorescências densas, cheias de pequenas flores que parecem mini-pompoms.

E a estrutura da árvore? Bem diferente! A resedá-gigante tem essa copa mais arredondada, quase como um guarda-chuva natural — perfeita para oferecer sombra nos dias quentes que estão por vir.

Por que essa explosão de cores agora?

Pois é, a natureza tem seus timing. A combinação de temperaturas mais amenas à noite com o aumento gradual da umidade cria as condições ideais para que a resedá-gigante decida se exibir. E que espetáculo!

Algumas árvores estão tão carregadas de flores que mal se vê as folhas verdes por baixo. É uma daquelas cenas que faz até o mais apressado dos motoristas reduzir a velocidade só para admirar por alguns segundos a mais.

Mais do que beleza, um serviço ambiental

Essa floração toda não é só para nosso deleite visual, sabia? As abelhas e outros polinizadores estão em festa com o banquete que a resedá-gigante oferece. Em tempos onde tanto se fala em preservação ambiental, ter árvores assim na cidade acaba sendo uma contribuição silenciosa mas importantíssima para a biodiversidade urbana.

E tem mais: a sombra generosa dessas árvores ajuda a amenizar o calor típico da região, tornando os passeios a pé mais agradáveis e reduzindo a necessidade de ventiladores e ar-condicionado nas construções próximas.

Quem diria que uma árvore poderia fazer tanto, né?

O espetáculo é passageiro

Aqui vai um alerta para quem ainda não viu: a floração da resedá-gigante é relativamente breve. Em algumas semanas, as pétalas roxas começarão a cair e darão lugar às folhagens verdes que permanecerão pelo resto do ano.

Então, se você está por Campo Grande, aproveite enquanto dura esse presente visual da natureza. Tire algumas fotos, caminhe sob as copas floridas, observe os insetos trabalhando — e lembre-se que nem tudo que é roxo e bonito é ipê.

Às vezes, é uma humilde — mas espetacular — resedá-gigante mostrando que também sabe roubar a cena quando chega sua hora de brilhar.