
Natal virou palco de um debate que mistura urgência e esperança. De um lado, os desafios que parecem intransponíveis; de outro, soluções criativas que pipocam em conversas de corredor. O Conexão ODS 2025 reuniu essa semana quem não aceita o "sempre foi assim" como resposta.
Mais de 300 pessoas — algumas com títulos impressionantes, outras com histórias de vida que valem diplomas — lotaram o espaço. Tinha de tudo: desde o secretário que fala números como quem conta causos até a jovem pesquisadora que desafia estatísticas com projetos no sertão.
O que tá pegando na Agenda 2030
"A gente tá no meio do caminho e o relógio não para", disparou uma das palestrantes, enquanto projetava dados que fariam qualquer um franzir a testa. Os ODS 4 (Educação) e 6 (Água potável) dominaram as discussões, mas teve espaço até para quem questiona: "E quando as metas são conflitantes?"
Destaques que você não vai querer perder:
- Aquele projeto de energia solar que tá virando caso de escola (literalmente)
- Como uma startup tá usando casca de caju pra resolver dois problemas de uma vez
- O mapa da mina dos investimentos que realmente chegam no semiárido
E não foi só discurso bonito. No segundo dia, vários prefeitos da região assinaram um pacto que, se cumprido, pode mudar o jogo nos municípios. "Assinar é fácil, o difícil é tirar do papel", comentou um observador veterano, entre um café e outro.
E os bastidores?
Nos intervalos, os corredores fervilhavam com combinados que podem render frutos. Um empresário do agronegócio conversando com ativistas ambientais — coisa que há cinco anos seria impensável. Uma secretária de educação trocando ideias com jovens youtubers sobre como engajar a nova geração.
"O que a gente leva daqui não cabe em relatório", resumiu uma participante enquanto arrumava as dezenas de cartões de visita recebidos. Resta saber quantas dessas conexões vão virar ações concretas antes que o prazo da Agenda 2030 expire.