
Numa cerimônia que misturou política, economia e um tanto de esperança, o presidente Lula botou o pé no acelerador do desenvolvimento nacional esta semana. A cena? O imponente Porto do Açu, em São João da Barra, recebendo a inauguração da usina termelétrica GNA II — um colosso energético que promete sacudir o Norte Fluminense.
"Isso aqui não é só cano e fumaça", disparou Lula, com aquela cara de quem sabe que está fazendo história. A GNA II é a segunda fase de um complexo que já dá orgulho — ou pelo menos deveria — aos brasileiros. Quando estiver a todo vapor (literalmente), vai gerar energia suficiente para iluminar meio estado do Rio. E olha que o Rio não é exatamente pequeno.
Números que impressionam (ou deveriam)
Vamos aos fatos, porque promessa todo político faz:
- 1.7 GW de capacidade instalada — isso é muita tomada energética
- R$ 7 bilhões investidos — dinheiro que não foi parar no bolso de ninguém (esperamos)
- 3 mil empregos diretos na fase de obras — e a galera do Norte Fluminense agradece
O mais curioso? A usina usa gás natural como combustível principal. "Mais limpo que carvão", como frisou algum técnico por lá. Mas convenhamos, ninguém vai chamar termelétrica de ecologicamente correta, né?
E o povo, o que acha?
Na rua, o papo é dividido. Tem quem comemore os empregos — "finalmente algo grande aqui", disse Maria, dona de um boteco perto do porto. Outros torcem o nariz: "Será que a conta de luz vai baixar?" questionou José, motorista de aplicativo. Pergunta justa, diga-se.
Enquanto isso, os ambientalistas... Bem, melhor nem perguntar. Eles não estão exatamente fazendo festa com a novidade. Mas convenhamos, desenvolvimento versus meio ambiente é uma briga antiga no Brasil.
O certo é que o Porto do Açu ganha mais um motivo para ser chamado de "orgulho fluminense". Resta saber se a população vai sentir no bolso — e no ar que respira — os efeitos dessa nova era energética.