Operação da PRF apreende mais de 2 mil metros cúbicos de madeira ilegal no Sertão de PE
PRF apreende 2.043 m³ de madeira ilegal no Sertão de PE

Parece que a ganância não tira férias nem mesmo no árido Sertão pernambucano. A Polícia Rodoviária Federal acaba de dar um golpe duro no crime ambiental — e que golpe!

Numa operação que mistura perspicácia policial e trabalho de inteligência, os agentes flagraram não um, mas dois caminhões carregados até a boca com madeira de origem duvidosa. O volume? Assustadores 2.043 metros cúbicos de árvores nativas, cortadas sem a menor cerimônia.

Isso equivale a cerca de 60 caminhões de tamanho médio — pra você ter ideia da dimensão do estrago.

O cerco se fecha nas rodovias

A ação não foi por acaso. A PRF vinha há semanas com a pulga atrás da orelha, monitorando o movimento suspeito de veículos pesados em trechos específicos das rodovias que cortam a região. Acredite, não é fácil surpreender esses caras — eles conhecem cada estradinha, cada desvio.

Mas a estratégia policial foi mais afiada. Dois caminhões foram interceptados, e os motoristas... Bem, não tinham documentação nenhuma que comprovasse a origem legal da madeira. Surpresa zero, né?

Os veículos foram levados para o pátio da PRF, e a madeira — essa riqueza roubada da natureza — agora aguarda destinação adequada. O que me pergunto é: quantas árvores centenárias foram abaixo nessa história toda?

Um problema crônico

O Sertão nordestino, com sua vegetação resistente, vem sofrendo pressão constante da extração predatória. Madeira de lei, caatinga, espécies nativas — tudo vira alvo. E o pior: muita gente acha que, por ser longe dos grandes centros, ninguém vai ver.

Pois é. A operação mostra que os olhos da lei estão por toda parte. E mais: que crimes ambientais não são «apenas» contra a natureza — são contra todos nós, contra o futuro da região.

A investigação continua, é claro. Afinal, apreender a carga é uma coisa; encontrar quem mandou cortar, quem financiou, quem iria comprar... Essa é a teia que precisa ser desfeita.

Por enquanto, ficam o alerta e a esperança: de que operações como essa se repitam, e de que a madeira ilegal encontre cada vez menos estrada livre pela frente.