A Polícia Militar Ambiental e o Ministério Público do Estado de São Paulo deflagraram nesta terça-feira (25) a Operação Bancada, uma ação de combate a crimes cibernéticos e à atuação de influenciadores que promovem a fabricação e soltura ilegal de balões no território paulista.
Investigação de seis meses
A operação é resultado de uma investigação conduzida ao longo dos últimos seis meses, que permitiu identificar os principais responsáveis pela confecção, soltura e recuperação de balões de grande porte no estado. As autoridades também mapearam pessoas envolvidas na produção e divulgação de conteúdo digital que incentiva e normaliza a prática nas redes sociais.
Segundo as investigações, havia uma rede organizada de influenciadores e páginas especializadas que lucravam com a divulgação e monetização desta prática criminosa, utilizando plataformas digitais para incentivar atividades ilegais.
Medidas judiciais aplicadas
Além de mandados de busca e apreensão, a Justiça de São Paulo determinou a suspensão e o congelamento das contas e páginas utilizadas pelos investigados. O objetivo das autoridades é desarticular completamente a cadeia logística da atividade ilegal, impedindo tanto a produção e soltura de balões quanto a atuação da rede de influenciadores.
A operação representa um marco no combate a este tipo de crime ambiental, que vem se modernizando através do uso das redes sociais e da atuação de figuras públicas digitais.
Riscos dos balões
A fabricação, armazenagem, transporte ou soltura de balões é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais. A prática representa sérios riscos à população e ao meio ambiente, podendo:
- Provocar incêndios urbanos e florestais
- Causar acidentes aéreos
- Gerar danos ambientais significativos
- Colocar em risco a vida de pessoas em áreas urbanas e rurais
Um vídeo de outubro que circulou nas redes sociais mostra a queda de um balão em cima do telhado de casas na Vila Mariana, que pegou fogo e causou pânico entre moradores. Outro incidente registrou a queda de um balão que atingiu imóveis e a rede elétrica na Zona Leste de São Paulo, demonstrando o perigo concreto desta prática ilegal.
As autoridades alertam que, além dos riscos imediatos, a prática gera prejuízos milionários aos cofres públicos e coloca em risco a segurança de toda a população.