
Era mais uma manhã de movimentação intensa na feira livre de Cuiabá quando algo diferente aconteceu. De repente, fiscais ambientais e policiais militares ambientais surgiram em vários boxes simultaneamente — a cena lembrava aqueles filmes de ação, mas era realidade pura.
A Operaçao Pescado Legal, deflagrada na última quinta-feira (21), não estava para brincadeira. Os agentes tinham informações concretas sobre vários comerciantes que, sabiam eles, vendiam peixes de origem duvidosa. Muito duvidosa, diga-se.
O que encontraram nas barracas
Pacú, pintado, cachara... espécies típicas da regiăo, sim, mas com uma pequena diferença: vieram parar ali por caminhos completamente irregulares. A investigaçao — que durou meses, pra você ter ideia — mostrou que os peixes eram capturados sem qualquer autorização ou respeito aos períodos de defeso.
E olha que não foi pouco: apreenderam nada menos que 500 quilos de pescado ilegal. Imagina só o estrago ambiental que isso representa?
Como funcionava o esquema
Pelo que apuraram os fiscais, os peixes vinham de pesca predatória em rios da regiăo. Os comerciantes compravam sabendo da irregularidade — pagavam menos, é claro — e revendiam como se fosse tudo legalzinho.
O pior? Muitos consumidores nem desconfiavam que estavam levando para casa um produto fruto de crime ambiental. É de cair o queixo, não é?
As consequências para os envolvidos
Os estabelecimentos alvo da operaçao agora enfrentam multas pesadíssimas. Estamos falando de valores que podem chegar a R$ 50 mil por infração, dependendo da gravidade. Além disso, os responsáveis podem responder criminalmente por crime ambiental.
Como me disse um dos fiscais envolvidos na ação: "Não adianta só apreender o produto. Tem que doer no bolso de quem insiste em descumprir a lei".
O impacto ambiental
Pra quem não sabe, a pesca predatória é um problema grave em Mato Grosso. Ela desequilibra todo o ecossistema aquático, ameaça espécies já vulneráveis e prejudica os pescadores que trabalham dentro da lei.
E pensar que tudo isso por um lucro fácil — e criminoso, é bom que se diga.
O que dizem as autoridades
O Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental deixou claro: a operaçao não para por aí. Eles têm outros alvos em vista e prometem continuar com a fiscalizaçao rigorosa.
Já o Ibama reforçou a importância de denúncias da populaçao. Muitas vezes, são as pessoas comuns que dão as pistas mais valiosas para desbaratar esses esquemas.
Então, fica o alerta: se você souber de algo suspeito, não hesite em denunciar. O meio ambiente agradece — e as futuras gerações também.