Os números são alarmantes e mostram que a fiscalização contra a pesca predatória está mais rigorosa do que nunca. Durante a última piracema no Oeste Paulista, o valor total das multas aplicadas por pesca irregular aumentou impressionantes 86% em comparação com o período anterior.
Operação Piracema: Resultados Expressivos
Os dados revelam que as ações de fiscalização resultaram em R$ 191,6 mil em multas aplicadas, um salto significativo em relação aos R$ 103 mil do período anterior. As operações envolveram diversos órgãos ambientais trabalhando em conjunto para proteger a reprodução dos peixes.
"Este aumento reflete tanto a intensificação das operações quanto a persistência de infratores que insistem em desrespeitar o período de defeso", explica um representante da Polícia Ambiental.
O Que Muda a Partir de 1º de Novembro
A nova temporada da piracema começa em 1º de novembro de 2025 e se estende até 28 de fevereiro de 2026. Durante este período, importantes restrições entram em vigor:
- Proibição total da pesca profissional e amadora em rios de toda a bacia do Rio Paraná
- Somente é permitida a pesca de subsistência, mediante autorização específica
- Embarcações devem manter documentos regularizados e equipamentos de segurança
- Transporte de pescado só é permitido com documentação comprobatória de origem
Consequências para os Infratores
Quem descumprir as regras pode enfrentar penalidades severas:
- Multas que variam de R$ 1.000 a R$ 100.000, dependendo da infração
- Apreensão de equipamentos de pesca e embarcações
- Processo criminal por crime ambiental
- Appreensão do pescado irregular
Importância da Piracema para a Sustentabilidade
A piracema é fundamental para a manutenção dos estoques pesqueiros. Durante este período, os peixes nadam rio acima para se reproduzir, tornando-se mais vulneráveis à captura. A proteção garantida pelo defeso assegura que as espécies possam se reproduzir adequadamente, mantendo o equilíbrio ambiental e a continuidade da atividade pesqueira no longo prazo.
"Respeitar a piracema não é apenas cumprir a lei, é garantir que as futuras gerações também possam desfrutar da pesca e da biodiversidade dos nossos rios", reforça especialista ambiental.
