Marinha dá um basta: Apreende embarcação em flagrante por pesca ilegal na costa do Marajó
Marinha apreende barco por pesca ilegal no Marajó

Numa ação que mistura vigilância de alto nível com uma pitada de sorte – porque no mar, diga-se de passagem, nada é totalmente previsível – a Marinha do Brasil acaba de cravar mais um ponto na luta contra a pesca clandestina. A cena: as águas que margeiam a ilha do Marajó, no Pará, um verdadeiro santuário ecológico que, infelizmente, atrai gente de má-fé.

E não deu outra. Na mira dos fiscais, uma embarcação que, francamente, não passava despercebida. O barco, um dos tantos que navegam por ali, foi abordado na terça-feira (19) e… surpresa zero! Bem, pelo menos para os militares. A bordo, uma quantidade nada desprezível de pescado, capturado sem a menor cerimônia ou autorização.

Dois homens estavam a bordo no momento da abordagem. Imagino a cara de espelho quebrado que deve ter dado – ninguém espera ser pego com a boca na botija, ainda mais num lugar tão vasto. Foram detidos e agora respondem por crime ambiental. Sabe como é, o mar não é terra de ninguém, mas tem dono: é patrimônio de todos nós.

O que foi encontrado?

  • Embarcação de médio porte, com indícios claros de atividade irregular
  • Equipamentos de pesca considerados predatórios
  • Pescado apreendido – ainda não divulgada a quantidade exata, mas suficiente para configurar o crime

Pois é. A operação faz parte de uma fiscalização de rotina – se é que existe isso, já que rotina no mar é tudo menos monótona. A Marinha tem intensificado a vigilância na região, justamente por saber que o arquipélago do Marajó é alvo constante de ações ilegais. E olha, não é por falta de aviso.

O pior de tudo? Esse tipo de atividade não só desrespeita a lei como ameaça o equilíbrio frágil da vida marinha local. Peixes, crustáceos, todo um ecossistema que já sofre com outras pressões, ainda precisa aguentar essa turma que acha que pode tudo.

Os dois suspeitos foram apresentados à Autoridade Policial e o caso agora segue nas mãos da Justiça. Resta torcer para que a punição seja exemplar – porque, convenhamos, só apreender o barco e soltar os caras depois de uma advertência não resolve nada. Precisamos de mais ações assim, firmes e rápidas.

Enquanto isso, a Marinha segue de olho aberto. E a mensagem que fica é clara: o mar pode ser grande, mas a lei é ainda maior.