Uma operação integrada entre Brasil e Colômbia resultou na destruição de equipamentos de garimpo ilegal na região amazônica do Rio Puruê. A ação, batizada de Operação Fronteira Dourada, ocorreu paralelamente à realização da COP30 e mobilizou forças de segurança dos dois países.
Nove dias de combate ao crime ambiental
Entre os dias 14 e 17 de novembro, no lado brasileiro, e 18 e 19 de novembro, no território colombiano, as equipes conduziram operações intensivas contra estruturas criminosas de mineração ilegal. O trabalho foi coordenado pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI-Amazônia) e contou com participação articulada da Polícia Nacional da Colômbia.
As forças empregaram aeronaves, embarcações e equipes táticas especializadas para acessar áreas remotas da fronteira entre os dois países. O objetivo principal era desarticular a mineração ilegal de ouro, atividade responsável por graves danos socioambientais e contaminação de rios na região.
Equipamentos apreendidos e destruídos
O balanço da operação revela a dimensão do aparato criminoso combatido pelas autoridades. Foram destruídos:
- 14 dragas de garimpo ilegal
- 6 rebocadores e 2 balsas de combustível
- 1 retroescavadeira e 48 motores
- 7.800 litros de diesel e 178 litros de gasolina
- 25 botijões de gás e 3 cilindros de oxigênio
- 4 frascos de mercúrio, substância altamente poluente
Além disso, foram apreendidos geradores, fluidos hidráulicos e lubrificantes que sustentavam as operações ilegais.
Impacto financeiro e participação institucional
As autoridades estimam que o prejuízo total imposto aos criminosos seja superior a 112 milhões de reais, valor que representa um duro golpe nas finanças das organizações dedicadas ao garimpo ilegal na região.
A operação contou com a participação de múltiplas instituições brasileiras, incluindo Polícia Federal, Exército Brasileiro, Ibama, ICMBio, Polícia Rodoviária Federal e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
A Fronteira Dourada integra estratégias de inteligência, repressão e proteção ambiental, demonstrando o compromisso dos países amazônicos em combater crimes que afetam o bioma e financiam organizações criminosas.