
Que ironia do destino, não é mesmo? Uma engenheira ambiental — justamente aquela profissional que deveria zelar pela preservação da natureza — está no centro de uma investigação por destruir mata nativa. O caso aconteceu em São João do Ivaí, no norte do Paraná, e está deixando muita gente de cabelo em pé.
Segundo o Ministério Público do Paraná, a profissional simplesmente autorizou a derrubada de uma área repleta de vegetação nativa dentro de uma propriedade rural. Detalhe: tudo isso sem a devida autorização dos órgãos ambientais. Parece piada de mau gosto, mas infelizmente é a pura realidade.
As acusações são graves — e múltiplas
O MP não está brincando em serviço. A engenheira responde por nada menos que quatro crimes ambientais. A lista é preocupante:
- Destruir floresta considerada de preservação permanente
- Cortar árvores em área de reserva legal
- Causar danos diretos à vegetação nativa
- Alterar o curso natural de um rio — isso mesmo, um rio!
E não para por aí. A perícia do Ibama confirmou toda a extensão do estrago. Foram destruídos quase 5.000 metros quadrados de mata nativa. Uma área que, convenhamos, não é nada pequena.
O que diz a defesa?
Bom, a defesa da engenheira tenta argumentar que ela apenas seguiu orientações técnicas. Mas cá entre nós: será mesmo que orientações técnicas incluem destruir vegetação nativa sem autorização? O MP não está convencido — e duvido que a natureza também esteja.
O caso segue sob investigação, e a engenheira pode enfrentar sérias consequências. Multas pesadas, sem dúvida. E quem sabe até responsabilização criminal. O meio ambiente, enquanto isso, chora — literalmente — pela destruição causada.
É daquelas situações que fazem a gente pensar: até quando profissionais que deveriam proteger nosso patrimônio natural vão agir justamente ao contrário? O norte do Paraná merece respostas. E a natureza, também.