
Um advogado de 37 anos está no centro de uma investigação policial após confessar ter provocado o incêndio que destruiu uma gameleira histórica no Distrito Federal. O caso, que aconteceu na Praça do Relógio em Taguatinga, gerou intensa comoção entre moradores e autoridades.
O momento da "brincadeira infeliz"
Em depoimento à Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (DEMA), o profissional do direito admitiu ter usado um isqueiro para atear fogo na árvore centenária. Segundo seu relato, tudo começou como uma simples "brincadeira infeliz" que rapidamente fugiu do controle.
"Foi uma brincadeira de muito mau gosto, uma brincadeira infeliz", declarou o advogado aos investigadores. As chamas se alastraram rapidamente, consumindo boa parte da gameleira que era um marco histórico da região.
Reação imediata da população
Testemunhas que presenciaram o incidente na tarde de terça-feira (15) não pouparam críticas ao ato. "É uma árvore que a gente vê desde criança, que faz parte da nossa história. Ver ela sendo destruída assim dói no coração", desabafou uma moradora emocionada.
O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente e conseguiu controlar as chamas, mas não antes que a árvore sofresse danos irreparáveis. A gameleira da Praça do Relógio era considerada um símbolo de resistência e história de Taguatinga.
Investigação e consequências
A Polícia Civil já instaurou inquérito para apurar o caso como crime ambiental. O advogado, que teve sua identidade preservada inicialmente, responderá judicialmente pelos danos causados ao patrimônio natural da cidade.
Especialistas ambientais destacam que árvores históricas como esta possuem valor incalculável para a memória urbana e o equilíbrio ecológico das cidades. A destruição deste patrimônio representa uma perda irreparável para toda a comunidade.