Rio Uberaba com vazão crítica de 1.170 l/s afeta abastecimento em Uberaba
Vazão do Rio Uberaba abaixo do mínimo necessário

Crise hídrica persiste em Uberaba mesmo com fim do decreto emergencial

A situação do abastecimento de água em Uberaba continua preocupante. Nesta segunda-feira (24), a vazão do Rio Uberaba registrou apenas 1.170 litros por segundo, valor abaixo do mínimo necessário para suprir as necessidades da cidade.

Decreto de emergência não foi prorrogado

O presidente da Codau, Rui Ramos, decidiu não prorrogar o decreto de emergência hídrica que vigorou entre 8 de outubro e 8 de novembro. A justificativa foi a previsão de chuvas para o mês de novembro, que não se concretizaram como esperado.

Após o término do decreto, os reservatórios voltaram a ser fechados por sete dias consecutivos, com interrupções no fornecimento. Apenas no feriado de 20 de novembro o abastecimento funcionou normalmente.

Plano de contingenciamento mantém restrições

Embora o decreto emergencial tenha expirado, o plano de contingenciamento da seca permanece em vigor. As medidas só serão suspensas quando houver 10 dias consecutivos com reservatórios abertos e a vazão do Rio Uberaba atingir 1.200 litros por segundo sem ajuda do Rio Claro.

Os números atuais mostram a gravidade da situação: os reservatórios operavam com apenas 49,1% de sua capacidade na manhã desta segunda-feira, após fechamento noturno que reduziu o nível para 27,4%.

Chuvas insuficientes e conscientização

O fim de semana trouxe apenas 0,8 mm de chuva, quantidade insignificante para recuperar o rio. A Codau reforça que a normalização do abastecimento depende de chuvas volumosas e constantes para recompor o lençol freático.

Durante a vigência do decreto emergencial, foram registradas 33 denúncias de desperdício de água, resultando em notificações formais, mas nenhuma multa foi aplicada devido à ausência de reincidências.

Nesta segunda-feira (24), todos os reservatórios serão fechados novamente das 21h até 4h30 da terça-feira (25), mantendo as medidas de racionamento enquanto a situação não se normaliza.