
Pois é, pessoal. A situação não tá nada bonita. Agosto, que historicamente já é um mês mais tranquilo no quesito chuvas, simplesmente deu uma sumida neste ano. E não foi pouco não. O Sistema Alto Tietê, aquele que é vital para milhões de moradores da Grande São Paulo, viu o volume de precipitações despencar assustadores 60% se a gente for comparar com a média histórica para o período.
Parece até exagero, mas os números não mentem. Enquanto a gente esperava algo em torno de 47.6 milímetros de água do céu, a realidade foi cruel e entregou míseros 19.2 mm. Uma diferença que não dá pra ignorar, né? É aquela velha história: quando a conta não fecha, alguém sempre sai no prejuízo. E no caso, esse 'alguém' somos todos nós.
O Que Isso Significa na Prática?
Bom, não precisa ser um especialista para entender que menos chuva significa menos água entrando nos reservatórios. O pessoal da SABESP já deve estar com os neurônios a mil, calculando cada gota. O sistema como um todo opera hoje com pouco mais de 44% da sua capacidade total. Não é o pior cenário já visto, mas também não é motivo para soltar fogos.
E olha, o problema não é só de agora. O acumulado do ano também está na corda bamba, ficando 28% abaixo do que era esperado. Janeiro, que costuma ser um mês generoso, também decepcionou. É como se o tempo tivesse ficado de mal com a região.
E Agora, José?
A pergunta que fica no ar, e que ninguém quer responder com certeza, é: e se isso virar a regra, e não a exceção? As mudanças climáticas estão aí, mostrando a cara de forma cada vez mais intensa e imprevisível. Climatologistas já vinham alertando sobre a possibilidade de períodos secos mais prolongados, e parece que o futuro chegou mais rápido do que a gente gostaria.
É claro que ninguém está sugerindo correr para estocar garrafas d'água no apartamento. Mas talvez seja a hora de aquele velho conselho fazer mais sentido do que nunca: economizar. Cada banho menos demorado, cada torneira fechada ao escovar os dentes... são pequenos gestos que, no conjunto, fazem uma diferença danada.
Fica o alerta. E a torcida para que setembro traga consigo nuvens mais carregadas – e esperança.