O Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento de água para a Grande São Paulo, enfrenta sua pior situação em uma década. Os reservatórios atingiram o nível mais baixo desde 2015, acendendo o alerta para uma possível crise hídrica no estado mais populoso do Brasil.
Números que preocupam
Atualmente, o sistema opera com apenas 31,4% de sua capacidade total, segundo dados do governo estadual. Esta é a menor marca registrada para o mês de outubro desde o período crítico entre 2014 e 2016, quando São Paulo viveu uma das maiores crises hídricas de sua história.
Plano de contingência em ação
Diante do cenário preocupante, o governo de São Paulo anunciou a ativação imediata de um plano de contingência. As medidas emergenciais incluem:
- Intensificação do uso de reservas técnicas do sistema
- Otimização da operação entre os diferentes mananciais
- Preparação de estruturas alternativas de captação
- Reforço na comunicação sobre uso consciente da água
Falta de chuvas preocupa especialistas
O principal fator para a situação crítica é a escassez de chuvas na região. O período de estiagem se prolongou além do esperado, comprometendo a recuperação dos reservatórios que tradicionalmente ocorre entre outubro e março.
Especialistas em recursos hídricos alertam que, sem uma melhora significativa no regime de chuvas nas próximas semanas, a situação pode se agravar rapidamente, exigindo medidas mais drásticas para garantir o abastecimento para milhões de paulistas.
Lições da crise passada
A memória da crise hídrica de 2014-2016 ainda está fresca na população. Naquela ocasião, o sistema Cantareira chegou a operar com seu volume morto, e milhões de pessoas enfrentaram rodízios severos no abastecimento de água.
As autoridades garantem que as experiências anteriores serviram de aprendizado e que desta vez as medidas estão sendo tomadas com antecedência para evitar o colapso total do sistema.