
Parece que o Rio resolveu ignorar completamente o outono e abraçar um segundo verão, não é mesmo? Quem anda pela cidade não precisa de termômetro pra sentir: o ar pesa, o asfalto esquenta e aquele mormaço é de derrubar qualquer um. E olha, não é impressão não. Os meteorologistas confirmam que a gente tá no meio de um daqueles veranicos dos bons — ou dos ruins, depende do seu ponto de vista.
O Inmet, esse pessoal que entende de previsão, já soltou o alerta de perigo. A grande vilã da história é uma massa de ar quente e seco, daquelas que estacionam em cima da gente e não querem saber de ir embora. Ela inibe a formação de nuvens de chuva e deixa o sol trabalhar em dobro, sem piedade.
Números que Assustam e uma Sensação que Aperta
Os termômetros oficiais, aqueles na sombra, já marcaram 34°C em Santa Cruz. Trinta e quatro graus! Mas qualquer carioca que já tentou caminhar na Quinta da Boa Vista ou na orla ao meio-dia sabe que a história é outra. A sensação térmica, aquela que a gente *realmente* sente na pele, facilmente passa dos 40°C. É como viver dentro de um forno a lenha, só que sem o cheiro gostoso de pão.
E a umidade relativa do ar? Bem, ela decidiu dar uma sumida. Em alguns cantos do estado, os índices despencaram para a casa dos 30%, um nível considerado bem preocupante. Aí junta o calorão com o ar seco e pronto: receita perfeita pra mal-estar, ressecamento e aquela tosse chata.
E o Alívio? Quando É que Chega?
A pergunta de um milhão de dólares. Todo mundo só quer saber uma coisa: até quando esse suplício vai durar? Pelas contas do Climatempo, a massa de ar quente deve seguir firme e forte pelo menos até esta sexta-feira (17). A previsão é de que, só a partir do fim de semana, a umidade comece a dar uma melhoradinha — o que poderia, finalmente, abrir portas para algumas chuvas de alívio.
Mas calma, não é pra esperar uma tempestade. A mudança deve ser gradual. A previsão para o fim de semana é de poucas mudanças, com o calor ainda mandando ver. A virada de mesa mesmo, se é que vai rolar, fica pra próxima semana.
Como Não Virar uma Gota de Suor Humana
Enquanto o alívio não vem, a gente se vira. Eis o manual de sobrevivência básica para não derreter:
- Hidratação é a palavra de ordem. Beba água como se fosse seu emprego. Esqueceu? Deixe garrafinhas pela casa e pelo escritório.
- Fuja do sol entre as 10h e as 16h. Sério. Se for sair, que seja na sombra, de boné, chapéu e com um guarda-sol (que não é frescura, é inteligência).
- Roupas leves são suas melhores amigas. Nada de tecido pesado ou que grude no corpo.
- Ventilador e ar-condicionado ligados? Só lembre de se hidratar o dobro, porque eles ressecam o ar.
- E atenção redobrada com crianças e idosos, hein? Eles sentem muito mais e são os primeiros a passar mal.
É isso. O veranico veio pra ficar — por enquanto. O jeito é se adaptar, esperar a natureza seguir seu curso e torcer para a previsão de melhora se confirmar. Até lá, muita água e sombra, meus amigos!