O litoral paulista não dá trégua – e o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) acabou de estender aquele alerta chato, porém necessário, para ventos costeiros que tão bem conhecemos por aqui. Aviso válido até às incertas horas de quinta-feira, viu? E olha que não é brincadeira: as rajadas podem bater facilmente na casa dos 60 km/h, com picos ainda mais intensos dependendo da região.
Treze cidades – sim, treze – estão de olho aberto. De Peruíbe, lá no extremo sul, até Ubatuba, já quase no Rio, aquele vento que derruba chapéu e vira guarda-chuva do avesso está dando as caras. A lista inclui os famosos: Itanhaém, Mongaguá, São Vicente, Praia Grande, Santos, Cubatão (que, mesmo não sendo praia, pega um vento danado da serra), Bertioga, Guarujá, São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba.
E aí, o que esperar? Além daquelas cenas clássicas de areia voando e aquele frio que corta, a Defesa Civil já soltou o papo reto: cuidado redobrado. Galho de árvore caindo, aquela plaquinha de loja que não estava bem presa, letreiro balançando… coisa de se prestar atenção. Quem for ficar em casa, melhor garantir que tudo esteja bem amarrado. Quem for pegar a estrada, principalmente a Imigrantes ou a Mogi-Bertioga, dirige com paciência – o vento lateral é traiçoeiro, principalmente para carros altos e caminhões.
Para navios e embarcações menores, a recomendação é ainda mais séria. A Marinha emitiu um aviso separado, alertando para condições adversas no mar. Ondas altas e ventania não combinam com passeio de barco, então, se o programa não for essencial, talvez valha a pena repensar.
Não é a primeira vez este ano, claro. O litoral paulista vive esses episódios, especialmente entre o inverno e a primavera. Mas, convenhamos, cada vez parece que vem com mais intensidade – ou será que a gente é que vai ficando mais velho e percebendo mais? Difícil dizer. O fato é que o INMET classifica isso como “perigo potencial”, e a gente bem sabe que, na prática, pode virar um problemão.
E Agora, o Que Fazer?
Nada de pânico, mas muita cautela. Segue a cartilha básica de sempre:
- Evita ficar debaixo de árvores, placas ou estruturas que pareçam instáveis. Sério.
- Estaciona o carro longe de coisas que possam cair. Parece óbvio, mas a gente sempre esquece.
- Se estiver na praia, cuidado com voo de objetos – cadeira, barraca, guarda-sol… tudo vira projetil.
- Fica de olho nos avisos oficiais. A Defesa Civil costuma atualizar a situação a todo momento.
Por enquanto, a previsão é de que a ventania diminua a partir de quinta-feira, mas como diz o povo mais antigo no litoral: “Vento não marca hora”. Melhor prevenir do que remediar – sempre.
