
Não foi miragem, nem exagero dos paulistanos reclamando do tempo. Julho de 2025 entrou para os anais da meteorologia com um frio que fez até os mais resistentes tirarem os casacos do fundo do armário. A capital paulista registrou temperaturas tão baixas que pareciam desafiar a lógica — e os limites da resistência humana.
Segundo os registros, na madrugada do dia 19, os termômetros chegaram a marcar 4,3°C no Mirante de Santana, batendo o recorde anterior de 1990. E olha que nem estamos falando da serra, viu? Isso no meio da selva de pedra, onde o concreto costuma reter calor como um forno.
O que explica esse frio atípico?
Meteorologistas apontam uma combinação rara: uma massa de ar polar mais intensa que o normal resolveu dar as caras por aqui, enquanto ventos gelados do sul encontraram pouca resistência. Resultado? Dias cinzentos que mais pareciam cenas de filme europeu — só que sem o charme dos cafés aquecidos de Paris.
Os efeitos foram visíveis:
- Fila dupla nos cafés que vendiam chocolate quente
- Gorros e luvas virando itens de primeira necessidade nos camelôs
- Até os pombos da praça da Sé pareciam estar em cena de Happy Feet
E não pense que foi só um susto passageiro. Durante cinco dias seguidos, as máximas não passaram dos 15°C — coisa rara para uma cidade acostumada a reclamar do "frio" quando faz 18°C.
E os paulistanos? Como reagiriam?
Bom, alguns encararam como desafio, outros como tragédia pessoal. Nas redes sociais, virou moda postar fotos dos termômetros de carro (sempre mais dramáticos que os oficiais, claro). Restaurantes esgotaram sopas e caldos, enquanto os aplicativos de delivery ficaram sobrecarregados com pedidos de comidas quentes.
Os mais supersticiosos já relacionam o fenômeno a mudanças climáticas globais. Os céticos? Dizem que é só um inverno mais rigoroso e pronto. Enquanto isso, os vendedores de aquecedores portáteis fazem a festa — quando não esgotam o estoque.
Uma coisa é certa: depois desse julho, ninguém em São Paulo vai reclamar do "frio" de 18°C com a mesma convicção de antes. Até porque, convenhamos, agora temos um novo padrão do que é realmente congelante na terra da garoa.