
Não era filme de ficção científica, mas a cena que se viu em Goiânia nesta sexta-feira assustou muita gente. Lá pelas tantas da tarde, por volta das 16h, o céu simplesmente escureceu — mas não por causa de chuva. Uma mistura espessa de fumaça e poeira tomou conta da capital, transformando o dia em quase noite e deixando um rastro de preocupação no ar.
Quem estava na rua precisou ligar os faróis do carro, mesmo sendo plena luz do dia. A visibilidade, que normalmente é cristalina no cerrado, despencou para menos de 1 km em algumas regiões. Dava pra sentir o cheiro de queimado, aquele odor pesado que gruda na garganta — e não, não era churrasco de vizinho.
De Onde Veio Tudo Isso?
Segundo a Defesa Civil estadual, a explicação é uma combinação — nada feliz, diga-se — de fatores. Primeiro, as queimadas que teimam em acontecer nesta época do ano, especialmente no norte do estado. A fumaça desses incêndios viaja quilômetros e, com os ventos certos (ou errados, no caso), acaba estacionando sobre a região metropolitana.
Mas não para por aí. A poeira, aquela mesma que se levanta com o tempo seco e a umidade lá embaixo — que beirava os 20% hoje — também deu sua triste contribuição. O resultado? Uma sopra grossa de partículas no ar, daquelas que fazem qualquer pessoa tossir e ficar com os olhos ardendo.
E Agora, José?
A orientação das autoridades, claro, é pra se proteger. Idosos, crianças e quem tem problemas respiratórios — como asma ou bronquite — devem redobrar o cuidado. Evitar atividades ao ar livre é o ideal. Se não der, pelo menos usar uma máscara já ajuda — aquele mesmo modelo que a gente ainda tem guardado da pandemia.
Vai melhorar? A previsão é de que sim, mas com ressalvas. A umidade deve aumentar um pouquinho nos próximos dias, o que pode “lavar” o ar. Mas o tempo segue seco, e o risco de novas camadas de poeira — ou até mais fumaça — ainda é real. Melhor ficar de olho no céu… e no aplicativo de previsão do tempo.