Um bloco de mais de 30 países anunciou que não apoiará o texto final da COP30 caso o documento não inclua um plano concreto para o abandono progressivo dos combustíveis fósseis. A posição foi formalizada através de uma carta enviada à presidência brasileira da conferência climática.
Exigência por ações concretas
O grupo de nações está cobrando a inclusão do que chamam de "mapa do caminho" no rascunho do acordo final. Este plano detalharia ações específicas e prazos claros para a transição energética global, saindo dos combustíveis fósseis em direção a fontes renováveis.
A carta, enviada em 21 de novembro de 2025, representa um movimento significativo nas negociações climáticas internacionais. Mais de 30 países se uniram nesta demanda comum, demonstrando uma frente coesa em um dos pontos mais sensíveis das discussões sobre mudanças climáticas.
Contexto da COP30 em Belém
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) está sendo realizada em Belém, no Pará, sob a presidência do Brasil. O evento acontece em um momento crucial para o cumprimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris.
O impasse revela as tensões persistentes nas negociações climáticas globais. Enquanto alguns países defendem medidas mais ambiciosas e concretas, outros resistem a compromissos que possam afetar suas economias dependentes de combustíveis fósseis.
Impacto nas negociações
A recusa em apoiar o texto final sem o mapa do caminho coloca pressão significativa sobre os negociadores. Com um bloco tão numeroso de países exigindo a inclusão do plano de abandono dos combustíveis fósseis, as chances de um acordo fraco ou pouco ambicioso diminuem consideravelmente.
Especialistas em clima veem este movimento como um ponto de virada nas discussões internacionais sobre energia. Pela primeira vez, um grupo tão diversificado de nações assume uma posição firme e unificada exigindo ações concretas contra a principal causa das mudanças climáticas.
O desfecho desta disputa será crucial para determinar o sucesso ou fracasso da COP30 e, consequentemente, o futuro do combate ao aquecimento global nas próximas décadas.
