Uma descoberta extraordinária está revolucionando o que sabemos sobre a pré-história da Amazônia brasileira. Pesquisadores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) identificaram pegadas fossilizadas de dinossauros que viveram há aproximadamente 140 milhões de anos, durante o período Cretáceo.
Uma Janela para o Passado Remoto
As pegadas foram encontradas em uma região de difícil acesso no interior de Roraima, preservadas em rochas que antes formavam o fundo de um antigo lago ou rio. Segundo o geólogo Ismar de Souza Carvalho, da UFRR, esta descoberta representa um dos registros mais importantes já feitos na região Norte do Brasil.
"Encontrar pegadas tão bem preservadas após milhões de anos é como receber uma mensagem direta do passado", emociona-se o pesquisador.
O Que as Pegadas Revelam?
As marcas fossilizadas pertencem a pelo menos dois tipos diferentes de dinossauros:
- Terópodes: Dinossauros carnívoros que andavam sobre duas patas
- Saurópodes Gigantes herbívoros de pescoço longo, parentes do famoso brontossauro
As dimensões das pegadas variam significativamente, sugerindo que animais de diferentes idades e tamanhos circulavam pela área. Algumas marcas chegam a impressionantes 40 centímetros de comprimento.
Por Que Esta Descoberta é Tão Importante?
- Preenche uma lacuna científica: Existem poucos registros fósseis do período Cretáceo na Amazônia
- Revela ecossistemas desconhecidos: Mostra que a região abrigava uma diversidade maior de dinossauros do que se imaginava
- Preservação excepcional: As condições únicas da área permitiram que as pegadas fossem conservadas com detalhes raros
Os Próximos Passos da Pesquisa
A equipe da UFRR já planeja novas expedições para a região. Utilizando tecnologia de ponta, incluindo scanners 3D e drones, os pesquisadores esperam mapear completamente a área e descobrir possíveis novos vestígios.
Esta descoberta não só expande nosso conhecimento sobre a pré-história brasileira, mas também destaca a importância de investir em pesquisa científica na região Norte, uma área ainda pouco explorada paleontologicamente.
As pegadas serão estudadas em detalhe nos próximos meses, e os pesquisadores acreditam que novas revelações sobre esses gigantes pré-históricos que um dia dominaram a Amazônia ainda estão por vir.