Chiclete de 6 mil anos revela: mulheres caçavam na Idade da Pedra!
Chiclete de 6 mil anos revela mulheres caçadoras

Imagine mascar um chiclete hoje e, 6 mil anos depois, alguém descobrir detalhes da sua vida através dele. É exatamente isso que aconteceu com uma descoberta arqueológica extraordinária na Dinamarca que está revolucionando nossa compreensão sobre os papéis de gênero na pré-história.

O que a resina revelou

Pesquisadores da Universidade de Copenhague analisaram uma espécie de "chiclete" pré-histórico - na verdade, um pedaço de breu de bétula mascado - encontrado no sítio arqueológico de Syltholm, na ilha dinamarquesa de Lolland. A análise de DNA preservado nesta substância trouxe revelações surpreendentes.

Surpresa no DNA

Os cientistas identificaram que quem mascou esse "chiclete" há 6 mil anos era uma mulher - e aqui vem a grande surpresa: análise dos resíduos microbianos e de proteínas na boca dela indicou que ela tinha acabado de consumir carne de animais selvagens, possivelmente de uma caçada.

O que isso muda na história

Esta descoberta desafia frontalmente a visão tradicional de que:

  • Homens caçavam e mulheres coletavam
  • As divisões de trabalho eram rígidas por gênero
  • As mulheres pré-históricas ficavam restritas ao acampamento

Revolução na arqueologia

O estudo, publicado na revista científica Nature, mostra que as sociedades do Mesolítico eram muito mais complexas e igualitárias do que imaginávamos. As mulheres não apenas participavam de caçadas, como possivelmente lideravam essas atividades.

"Esta descoberta muda completamente nossa perspectiva sobre a divisão de trabalho nas sociedades antigas", explica uma das pesquisadoras envolvidas no estudo.

Por que o "chiclete" é importante

O breu de bétula era comumente mastigado na Idade da Pedra para:

  1. Aliviar dores de dente (tem propriedades antibacterianas)
  2. Ser usado como cola primitiva
  3. Simplesmente como um hábito, similar ao nosso chiclete moderno

Essa descoberta abre novas possibilidades para entender o cotidiano das pessoas comuns da pré-história, não apenas através de seus túmulos ou ferramentas, mas através de objetos pessoais íntimos que preservaram seu DNA por milênios.

A próxima vez que você mastigar um chiclete, pense: que histórias sobre sua vida poderiam ser contadas 6 mil anos no futuro?