Holambra: a pequena Holanda brasileira que virou referência em saneamento básico
Holambra: cidade 100% saneada e exemplo no Conexidades

Quem diria que uma cidadezinha no interior de São Paulo, conhecida pelos campos de flores e arquitetura holandesa, se tornaria um case de sucesso nacional em saneamento básico? Pois é, Holambra — sim, aquela mesma que todo mundo associa às tulipas — acaba de ganhar um reconhecimento que poucos municípios brasileiros podem ostentar.

O programa Conexidades, aquela iniciativa que mapeia boas práticas urbanas pelo país, colocou Holambra no hall das cidades 100% saneadas. E olha que não foi por acaso: enquanto muita gente ainda debate teoria, eles botaram a mão na massa (ou melhor, nos canos) e resolveram o problema na prática.

Da colônia holandesa à referência em infraestrutura

Fundada por imigrantes neerlandeses em 1948, Holambra sempre teve um pé na tradição e outro na inovação. Agora, décadas depois, mostra que herdou dos seus fundadores não só os moinhos de vento, mas também aquele pragmatismo que faz a diferença.

"É uma conquista coletiva", diz o prefeito da cidade, com aquela mistura de orgulho e modéstia típica de quem sabe que o trabalho foi duro. E foi mesmo — estamos falando de:

  • 100% da população com água tratada
  • Esgoto coletado e tratado em toda área urbana
  • Investimentos constantes em manutenção

Enquanto isso, nas grandes metrópoles...

O segredo? Continuidade nas políticas públicas

O que mais impressiona — e aqui vai uma lição para muitos gestores — é que Holambra não tratou saneamento como projeto de um governo só. Foi uma construção paciente, administração após administração, como quem rega uma planta até ela florescer (e olha que eles entendem do assunto).

O programa Conexidades destacou justamente isso: a capacidade de transformar um investimento técnico em qualidade de vida palpável. Afinal, não se trata apenas de números — é sobre crianças que não adoecem, rios que não viram esgoto a céu aberto, turistas que se encantam com a cidade limpa.

E tem mais: o modelo adotado por lá serve de inspiração para outros municípios de porte similar. "Se Holambra conseguiu, por que nós não?", deve estar pensando mais de um prefeito por aí.

Claro que o caminho não foi fácil — quem trabalha com obras públicas sabe que cada metro de tubulação enterrada é uma batalha contra burocracia, orçamento e tempo. Mas o resultado? Esse fala por si.