Um grupo de indígenas encerrou nesta sexta-feira (25) uma ocupação em uma fazenda no município de Juti, localizado a 290 km de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. O desfecho ocorreu após um episódio de destruição que chamou a atenção das autoridades.
De acordo com informações da Polícia Militar Ambiental (PMA), os indígenas atearam fogo a diversos equipamentos agrícolas e à casa sede da propriedade rural antes de deixarem o local. Entre os itens destruídos estavam dois tratores de esteira, um caminhão e uma colheitadeira.
Operação de fiscalização descobre destruição
A situação veio à tona durante uma operação de fiscalização rotineira da PMA. Os policiais militares se deslocaram até a Fazenda São Judas Tadeu após receberem informações sobre a ocupação. Ao chegarem ao local, encontraram as máquinas e a residência ainda em chamas.
"Os indígenas já estavam saindo do local quando chegamos", relatou um dos policiais envolvidos na operação. "Encontramos os equipamentos e a casa destruídos pelo fogo".
Reivindicação por terras tradicionais
Os indígenas envolvidos no protesto pertencem à etnia Guarani-Kaiowá e reivindicam a posse da área como terra tradicional de seus ancestrais. A ocupação faz parte de um movimento mais amplo de retomada de territórios que vem ocorrendo em várias regiões do estado.
Antes de deixarem a propriedade, os manifestantes queimaram:
- Dois tratores de esteira
- Um caminhão
- Uma colheitadeira
- A casa sede da fazenda
A Polícia Militar Ambiental registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para documentar os danos materiais. Até o momento, não há informações sobre possíveis investigações para identificar e responsabilizar os envolvidos nos atos de destruição.
O caso representa mais um capítulo na longa história de conflitos fundiários envolvendo comunidades indígenas e produtores rurais em Mato Grosso do Sul, estado com uma das maiores populações indígenas do Brasil.