Parece que o Brasil finalmente encontrou seu lugar ao sol - e não, não é só no futebol ou no carnaval. O algodão nacional está fazendo um sucesso absurdo lá fora, e o que é melhor: de maneira sustentável. Quem diria, né?
Os números são de cair o queixo - e não é exagero. O país simplesmente domina 30% de todo o comércio internacional de algodão. Trinta por cento! É como se de cada três camisetas produzidas no mundo, uma fosse feita com nosso algodão. Impressionante.
O segredo que ninguém contava
E aqui vem a parte mais interessante: a sustentabilidade virou nosso trunfo principal. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) criou um sistema de certificação - o ABR - que basicamente coloca um selo de qualidade e responsabilidade ambiental em nossa produção.
Os compradores internacionais estão simplesmente maravilhados. Eles chegam cheios de desconfiança, achando que produção em larga escala não combina com cuidado ambiental, mas saem convencidos de que o Brasil descobriu a fórmula mágica.
Do cerrado para o mundo
A maior parte dessa produção toda sai mesmo do cerrado brasileiro, que se transformou numa verdadeira potência algodoeira. E olha que coisa curiosa: enquanto outros países enfrentam dificuldades com mudanças climáticas, nossos produtores parecem ter achado um jeito de conviver com os desafios.
Não é fácil, claro. Exige tecnologia, investimento e uma dose generosa de persistência. Mas os resultados estão aí - e falam por si.
O que me faz pensar: será que estamos testemunhando o nascimento de um novo paradigma agrícola? O Brasil mostrando que produção em escala e sustentabilidade podem, sim, andar de mãos dadas.
O futuro é verde (e branco)
Com a demanda global por produtos sustentáveis só aumentando, nossa posição privilegiada nesse mercado tende a se fortalecer ainda mais. Os compradores não querem apenas algodão - querem algodão com história, com procedência, com consciência ambiental.
E parece que o Brasil, contra todas as expectativas, soube contar essa história melhor que ninguém. Quem viu o algodão brasileiro há vinte anos - com produtividade baixa, qualidade irregular - nem acredita na transformação.
Agora é torcer para que esse sucesso se mantenha e, quem sabe, inspire outros setores da nossa economia. Porque se tem uma coisa que o algodão sustentável está mostrando é que o Brasil pode, sim, ser competitivo sem precisar abrir mão dos princípios ambientais.
E cá entre nós: depois de tantas notícias ruins, é um alívio poder comemorar uma conquista dessas. O algodão brasileiro está, literalmente, vestindo o mundo - e fazendo isso com estilo e responsabilidade.
