
A noite de terça-feira, 8 de outubro, não será esquecida tão cedo pelos moradores de Tapurah. O que começou como um temporal comum se transformou em minutos em uma força da natureza assustadora. Ventos que pareciam ter vida própria arrancaram árvores centenárias, destelharam casas e deixaram um rastro de destruição que impressiona até os mais antigos na região.
E olha, quando a poeira baixou — literalmente — a dimensão do estrago ficou clara. A Defesa Civil municipal não teve dúvidas: a situação exigia medidas extremas. Na manhã desta quarta (9), o prefeito municipal decretou estado de calamidade pública. Não era exagero. Era necessidade pura.
A Resposta Emergencial
Enquanto isso, em Cuiabá, o governo estadual já se movimentava. Parece que a notícia correu mais rápido que o vento. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-MT) e a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEDEC-MT) despacharam suas equipes técnicas para o município ainda de madrugada.
O que eles encontraram? Uma cidade em estado de choque. E não é para menos. Postes de energia caídos, fiação espalhada pelas ruas, comércios com vitrines estilhaçadas. A paisagem familiar dos moradores estava irreconhecível.
Os Primeiros Socorros
As primeiras horas foram críticas. A prioridade absoluta: garantir que não havia vítimas soterradas ou feridas graves. Felizmente — e isso é um alívio enorme — o balanço inicial aponta apenas danos materiais. Ninguém morreu. Ninguém ficou gravemente ferido. Num evento dessa magnitude, isso beira o milagre.
Mas não se engane. O prejuízo é colossal. Dezenas de famílias tiveram suas casas danificadas, algumas praticamente destruídas. O comércio local, que já enfrenta tantas dificuldades, agora encara prejuízos que vão demorar meses para serem recuperados.
O Que Vem Por Aí?
Agora começa a parte mais burocrática — mas não menos importante. Com o estado de calamidade decretado, o município ganha agilidade para:
- Contratar serviços emergenciais sem licitação
- Acessar recursos federais e estaduais mais rapidamente
- Mobilizar equipes de outras cidades para ajudar
- Distribuir ajuda humanitária às famílias mais afetadas
As equipes da Defesa Civil estadual já trabalham a todo vapor fazendo a avaliação de danos. Casa por casa, rua por rua. É um trabalho minucioso que vai determinar o tamanho real do prejuízo e quais recursos serão necessários para reconstruir o que o vendaval levou.
Enquanto isso, a população se une. Vizinhos ajudando vizinhos, como sempre acontece nessas horas. É bonito de ver, mesmo na tragédia. Restaurantes doando comida, voluntários ajudando a limgar os escombros, famílias abrindo suas casas para quem perdeu tudo.
A natureza mostrou sua força brutal, mas a solidariedade humana está dando o troco. E em Tapurah, essa batalha está só começando.