O noroeste do Afeganistão acordou com um pesadelo real nesta segunda-feira (03). Um terremoto de magnitude 6.8 sacudiu a região, deixando um rastro de destruição que já conta mais de 2.500 mortos e centenas de feridos, em um dos piores desastres naturais dos últimos anos no país.
Epicentro na Frontera e Ondas de Choque no Paquistão
O serviço geológico dos Estados Unidos localizou o epicentro do tremor a cerca de 40 km a oeste da cidade afegã de Jalalabad, próximo à fronteira com o Paquistão. A profundidade do terremoto foi estimada em 180 km, o que explica por que as vibrações foram sentidas tão intensamente em território paquistanês, incluindo nas principais cidades de Islamabad e Lahore.
"Os edifícios balançaram por vários minutos", relatou um morador de Islamabad ao G1. "Foi assustador, nunca tinha sentido nada parecido."
Corrida Contra o Tempo para Salvar Vidas
Nas áreas mais afetadas do Afeganistão, a situação é de caos e desespero. Equipes de resgate trabalham contra o relógio para encontrar sobreviventes sob os escombros de casas e edifícios destruídos pelo tremor.
As operações de salvamento são particularmente difíceis devido a:
- Estradas bloqueadas por destroços
 - Comunicações interrompidas em várias regiões
 - Recursos limitados do governo afegão
 - Estruturas médicas já fragilizadas
 
Resposta Internacional se Mobiliza
Diante da escala da tragédia, a comunidade internacional começou a se mobilizar. Vários países anunciaram o envio de ajuda humanitária, incluindo:
- Equipes de busca e resgate especializadas
 - Suprimentos médicos de emergência
 - Barracas e abrigos temporários
 - Alimentos e água potável
 
O governo do Paquistão, que também registrou danos em seu território, ofereceu apoio imediato ao vizinho afegão, demonstrando solidariedade em meio à crise.
Histórico Sísmico da Região
Esta não é a primeira vez que o Afeganistão enfrenta a fúria da natureza. O país está localizado em uma região geologicamente instável, onde as placas tectônicas da Índia e da Eurásia se encontram, criando uma zona propensa a atividades sísmicas intensas.
Em junho de 2022, um terremoto na província de Paktika já havia deixado mais de 1.000 mortos, mostrando a vulnerabilidade constante da população afegã diante desses fenômenos naturais.
Enquanto o mundo acompanha atento, a prioridade imediata segue sendo salvar vidas e prestar assistência aos sobreviventes que perderam tudo em segundos.