Calçadão de Santos em Emergência: Prefeitura Anuncia Obra de R$ 2,6 Milhões Após Destruição por Ressaca
Santos: Obra emergencial de R$ 2,6 mi no calçadão

Parece que o mar resolveu cobrar seu espaço – e com uma força descomunal. O calçadão de Santos, aquele cartão-postal que todo mundo conhece, ficou literalmente em pedaços depois de uma ressaca daquelas que entram para a história. A situação é tão feia que a prefeitura não teve dúvidas: decretou emergência e meteu a mão no bolso para um investimento pesado.

Estamos falando de nada menos que R$ 2,6 milhões, uma grana preta que vai ser toda gasta para levantar a orla da beira do caos. A ordem, direto do prefeito, é trabalhar contra o relógio. A prioridade máxima é a faixa entre os canais 3 e 4, a mais detonada pela fúria das ondas. A empresa Arcadis Tetraplan, que já tocava uns serviços por lá, agora vai ter que suar a camisa em dobro.

O que precisa ser feito? Tudo. Desde a base, com a recomposição do solo, até a troca daqueles bloquetes que viraram cacos. E não para por aí: a drenagem, essencial para evitar alagamentos, também vai passar por uma geral. É um trabalho de formiguinha, mas que não pode demorar – o verão está aí, e ninguém quer uma orla com cara de guerra.

Uma Corrida Contra o Tempo (e o Mar)

O pior é que isso não foi nenhuma surpresa. Quem mora perto do mar já sentia no ar – literalmente – que algo grande vinha por aí. Os ventos fortes e aquela maré altíssima eram um aviso que ninguém conseguiu ignorar. E agora, o que era um palco para corridas e caminhadas virou um canteiro de obras emergencial.

O pior é a imprevisibilidade. Quem garante que o mar não vai dar outra cartada? Essas intervenções, por mais urgentes que sejam, são como um curativo num ferimento profundo. A longo prazo, a cidade vai precisar de algo mais robusto, algo que dialogue de verdade com a força da natureza. Mas, por enquanto, o jeito é tapar o sol com a peneira – ou melhor, recompor a orla com concreto.

Enquanto as máquinas não chegam, o jeito é ficar de olho. A Defesa Civil não brinca em serviço e já emitiu alertas para evitar a área. É aquela coisa: melhor prevenir do que ver o chão sumir debaixo dos pés.