
Parece que o céu simplesmente desabou sobre o México. Uma frente fria daquelas de botar no chinelo — e não tô exagerando — transformou ruas em rios e cidades em lagos praticamente da noite para o dia. A coisa tá feia, e olha que eu já vi muita tempestade na vida, mas essa... essa é diferente.
O número oficial já passa de 60 mortos, mas sabe como é — nessas horas os números sempre ficam aquém da realidade. E pensar que era só mais uma frente fria, daquelas que a gente até comemora pelo alívio no calor. Que ilusão.
O inferno veio com água
Não foi chuva, não. Foi um dilúvio desses bíblicos que a gente só vê em filme. Em Hidalgo, pra você ter ideia, um rio que era mansinho virou um monstro e engoliu casas inteiras. Tinha gente que foi pega dormindo, coitada. Nem deu tempo de reagir.
E não para por aí — imagina a cena: mais de 700 casas simplesmente sumiram do mapa. Sumiram! Como se nunca tivessem existido. E outras 1,500 tão danificadas que melhor derrubar e começar de novo. É de cortar o coração.
Os heróis anônimos
Enquanto isso, os bombeiros e voluntários tão dando duro dia e noite. Já resgataram mais de 80 pessoas de situações que eu nem quero imaginar — algumas presas em telhados, outras em árvores, esperando horas por ajuda.
E sabe o que é pior? Que o pior ainda pode estar por vir. Os meteorologistas tão com a pulga atrás da orelha — essas chuvas podem ser só o começo de uma temporada complicada. O clima tá birutinha mesmo, não tá não?
O governo mexicano já declarou estado de emergência em várias regiões, mas a verdade é que quando a natureza resolve mostrar sua força, não tem muito o que fazer além de correr atrás do prejuízo. E que prejuízo...
É aquela coisa — a gente sempre acha que desastre natural é coisa que acontece com os outros, até o dia em que acontece com a gente. E o México tá aprendendo essa lição da maneira mais dura possível.