
Pareceu coisa de filme, mas foi bem real. Na noite desta terça-feira (20), o céu do Japão não se contentou em ser apenas um cenário escuro e estrelado. Ele resolveu dar um show próprio. De repente, sem aviso prévio — porque é assim que esses visitantes cósmicos operam, né? — uma estrondosa bola de fogo decidiu fazer uma entrada dramática.
Testemunhas, um tanto atordoadas, relataram um clarão que transformou a noite em dia por uma fração de segundos que pareceu uma eternidade. O que se viu foi um rastro de luz intensa, uma faixa branco-azulada incandescente, cortando a atmosfera como uma faca quente na manteiga. Aquele silêncio noturno foi quebrado não por um som, mas por uma presença visual avassaladora.
E as câmeras? Ah, as câmeras pegaram tudo. Não eram profissionais da NASA, não. Eram aquelas câmeras de segurança comuns, de porta de loja ou de monitoramento de trânsito, que acabaram se tornando as cineastas acidentais desse evento espetacular. As imagens, que já corriam soltas nas redes sociais, mostram o momento exato em que o meteoro — porque é disso que se trata — resolveu se exibir para o planeta.
Não Era um Satélite, Muito Menos um Drone
Especialistas, aqueles caras que sabem das coisas, já saíram a campo para explicar o fenômeno. A explicação mais plausível — e francamente, a mais fascinante — é que um pedaço de rocha espacial, um meteoróide, se meteu na nossa atmosfera a uma velocidade absurda. A fricção com o ar é tão brutal, tão violenta, que aquece o objeto a milhares de graus Celsius, fazendo-o brilhar com uma intensidade que desafia a imaginação. É isso que os astrônomos chamam de meteoro, ou, popularmente, de estrela cadente. Só que esta estava com a potência no máximo.
O espetáculo foi visto em várias regiões do país, o que dá uma ideia da magnitude da coisa. Moradores de diferentes prefeituras, de Kanto a Tohoku, pegaram seus celulares para tentar registrar o instante fugaz, muitos sem nem saber direito o que estavam vendo. A sensação que fica é a de que o universo, vez ou outra, joga uma pedrinha no nosso lago só para ver as ondulações que causa.
E Agora, José?
A grande pergunta que fica: será que algum pedaço desse visitante interestelar resistiu à viagem ardente e chegou ao solo, tornando-se um meteorito? É possível. Caçadores de meteoritos certamente já estão de olho nos mapas e calculando trajetórias. Encontrar um fragmento desses é como ganhar na loteria cósmica — um pedaço de outro mundo literalmente cai no seu quintal.
Eventos assim, embora raros na sua intensidade, servem como um lembrete. Um lembrete poderoso e um pouco assustador de que nós estamos num palco cósmico muito maior do que nossas discussões cotidianas. É de gelar a espinha, mas também é de uma beleza indescritível. O universo não pede licença; ele apenas se exibe.