
A natureza mostrou sua força mais uma vez, e dessa vez foi implacável com o litoral catarinense. Em Balneário Piçarras, o mar simplesmente resolveu reivindicar o que era seu - e avançou terra adentro como um gigante acordado de mau humor.
As cenas são de filme de catástrofe, mas a realidade é bem mais assustadora. A Quarta e a Quinta Avenidas, que antes eram vias movimentadas, agora estão praticamente intransitáveis. O asfalto simplesmente desapareceu em alguns trechos, engolido pela fúria das águas.
Imóveis na mira do oceano
O que mais preocupa, francamente, são as residências e comércios que ficaram literalmente na linha de frente dessa batalha contra a natureza. Algumas construções estão tão perto da beira do abismo que dão vertigem só de olhar. É como se o chão estivesse sendo puxado de baixo delas, num jogo perigoso onde a casa sempre perde.
"A situação é crítica", admitiu o prefeito Leonardo Cardoso, em um daqueles pronunciamentos onde você percebe que a preocupação é genuína. Não é exagero - a prefeitura não teve alternativa senão decretar estado de emergência. Quando o mar resolve cobrar seu espaço, não tem muito o que argumentar.
O que está por trás da fúria do mar?
Especialistas apontam que essa erosão não aconteceu do nada. É um processo que vem se arrastando há meses, mas que se intensificou dramaticamente nas últimas semanas. Alguns moradores mais antigos contam que nunca viram nada parecido - e olha que eles já acompanham as mudanças do litoral há décadas.
As causas? Bem, aí entramos naquele terreno complicado onde ninguém quer apontar dedos. Mas é fato que mudanças climáticas, ressacas mais intensas e talvez até interferências humanas no curso natural das coisas contribuíram para esse cenário.
- Vias completamente destruídas
- Risco iminente para imóveis
- Estado de emergência decretado
- Monitoramento 24 horas da situação
Agora, o que fazer? A Defesa Civil está de olho, monitorando cada centímetro de avanço do mar. Equipes técnicas avaliam os estragos enquanto moradores seguem apreensivos - muitos nem conseguem dormir direito, preocupados que suas casas possam ser as próximas na lista do oceano.
É uma daquelas situações que nos lembra, de forma bem dura, que por mais tecnologia que tenhamos, ainda somos reféns das forças naturais. E quando a natureza resolve falar mais alto, o melhor a fazer é escutar.