
O que começou como um sábado de sol típico do litoral paulista transformou-se, em questão de minutos, numa cena de puro desespero. Por volta das 17h, o clima descontraído da Prainha Branca, um cantinho mais isolado em Guarujá, foi interrompido por gritos de socorro. Testemunhas ainda parecem assustadas ao relatar o momento em que um jovem, que se divertia nas águas, simplesmente desapareceu de vista.
Ele era Matheus Diniz Ferreira, um são-vicentino de apenas 23 anos – a vida toda pela frente, interrompida de forma tão brusca e trágica. Não fosse a coragem de alguns banhistas que por perto estavam, o desfecho poderia ter sido ainda mais angustiante. Eles conseguiram resgatá-lo do mar já inconsciente, mas a luta pela vida dele estava longe de terminar ali.
Uma corrida contra o tempo começou na areia. Enquanto uns chamavam a Guarda Civil Municipal, outros tentavam, desesperadamente, fazer aquelas manobras de reanimação que a gente só vê em filme. Você fica pensando naqueles segundos que parecem horas, na esperança frágil de que tudo vai dar certo. Dessa vez, não deu.
A GCM chegou rápido, deve-se dizer. Eles assumiram os procedimentos de CPR até que o SAMU chegasse ao local e levasse Matheus para o Hospital Municipal de Guarujá. Mas, infelizmente, nem todos os esforços são suficientes. Após uma hora de tentativas de reanimação, os médicos não tiveram alternativa a não ser declarar o óbito do jovem. Uma notícia daquelas que arranca o chão de qualquer família.
E isso nos leva a um ponto crucial: a tal da Prainha Branca. Quem conhece a região sabe – não é um local com estrutura de balneário, não tem salva-vidas por perto, nem aquele postinho de apoio. É bonito, sim, mas esconde perigos que a gente, na empolgação do momento, subestima. As correntezas podem ser traiçoeiras, e o mar, como sabemos, não brinca em serviço.
O caso já está sendo tratado como morte acidental pelo afogamento. A Polícia Técnica já esteve no hospital para fazer os procedimentos de praxe, e o corpo de Matheus foi liberado para a família. Agora, resta o luto, a saudade e aquela pergunta que nunca cala: será que dava pra evitar?
Um alerta que fica, e que a gente sempre repete mas nunca é demais: na dúvida, prefira sempre as praias com vigilância, com aquele guarda-vidas de prontidão. Porque no verão brasileiro, a beleza das nossas praias pode, num piscar de olhos, esconder uma tragédia.