Chuvas intensas alagam casas e suspendem aulas na Baixada Santista
Fortes chuvas causam alagamentos na Baixada Santista

As fortes chuvas que atingiram a Baixada Santista entre domingo (23) e segunda-feira (24) causaram transtornos em várias cidades do litoral paulista. Os temporais resultaram em alagamentos, suspensão de aulas em escolas e deixaram moradores em situação de vulnerabilidade.

Alerta meteorológico e situação geral

A Defesa Civil Estadual havia emitido um alerta para chuvas intensas e rajadas de vento entre domingo (23) e terça-feira (25). De acordo com o órgão, a lenta passagem de um sistema meteorológico pela costa da região Sudeste favoreceu a formação de tempestades, exigindo atenção da população.

Em Santos, a Prefeitura informou que choveu 39,33 mm nas últimas 72 horas, colocando os morros em estado de observação, embora nenhuma ocorrência grave tenha sido registrada nessas áreas. No entanto, todas as pistas da Avenida Nossa Senhora de Fátima ficaram alagadas, com ponto crítico na confluência com a Rua Ana Santos.

Impactos nas cidades da região

Em São Vicente, o volume de chuva das últimas 24 horas chegou a 37,5 mm. A Defesa Civil Municipal monitorou pontos críticos, mas nenhum órgão municipal precisou ser acionado para ocorrências relacionadas à chuva. Apesar disso, houve alagamento na Avenida Augusto Severo.

A escola estadual Margarida Pinho Rodrigues não recebeu os alunos na manhã desta segunda-feira por conta das chuvas. A Secretaria Estadual de Educação informou que os acessos à unidade ficaram alagados, e as aulas do período da manhã ocorreram de forma remota pelo Centro de Mídias de São Paulo (CMSP).

"As aulas retornarão normalmente nos períodos da tarde e da noite. Não houve danos à escola", afirmou a pasta, garantindo que a Unidade Regional de Ensino de São Vicente e a equipe escolar estão à disposição da comunidade para mais informações.

Problemas crônicos em Peruíbe

Em Peruíbe, a água invadiu a casa do morador Igor Roberto Santos, de 32 anos, atingindo quase 20 centímetros de altura no Jardim Caraminguava. Ele relatou que a Rua Pitangueiras sofre com enchentes frequentemente e o escoamento demora por falta de limpeza nas valetas.

"Eu já fui quase o ano inteiro na prefeitura reclamar", lamentou o morador, que precisa levantar os móveis regularmente, apesar de sofrer com uma hérnia de disco.

A Prefeitura de Peruíbe alegou que tem realizado manutenções frequentes na região Estância dos Eucaliptos, seguindo o cronograma de zeladoria que contempla todas as regiões da cidade. Segundo a administração municipal, a solicitação registrada para a Rua Pitangueiras já está no sistema e foi incluída no planejamento operacional da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos.

"A prefeitura destaca que essa é uma demanda que depende de orçamento e planejamento, mas reforça o compromisso de ampliar o calçamento em bairros que ainda não foram contemplados", afirmou em nota.

A cidade registrou um acumulado de chuva de 30 mm na Base e 56 mm na região do Guaraú nas últimas horas. Segundo a Defesa Civil, houve uma queda de árvore na Rua Topázio e o local foi isolado. Além disso, foram registrados pontos de alagamento em algumas ruas e avenidas, decorrentes do grande volume de chuva.

Situação sob controle em outras cidades

As prefeituras de Bertioga, Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande informaram que não registraram ocorrências relacionadas com as chuvas, mas mantêm órgãos municipais à disposição para atender moradores que tiverem problemas.

Apesar da melhora nas condições, a administração municipal de Peruíbe segue em estado de atenção devido à previsão de novas chuvas fortes associadas à maré alta, mantendo a população em alerta para possíveis novos transtornos.