Serra das Araras em Colapso: Detonações Interrompem Tráfego e Deixam Motoristas à Mercê da Sorte
Detonações interrompem tráfego na Serra das Araras

Parece que a serra resolveu literalmente cair pela metade nesta segunda-feira. E não, não é exagero. Quem dependia da subida da Serra das Araras, aquela estrada sinuosa que mais parece uma prova de resistência para carros e nervos, se deparou com um cenário de filme catastrófico.

Por volta das 14h, o estrondo seco de explosões — daquelas que parecem vir das entranhas da terra — ecoou pelos vales. Não era um temporal, muito menos um terremoto (ainda bem). Eram detonações controladas de rochas, um procedimento de manutenção que, de controlado, só teve mesmo o nome.

Resultado? A pista de subida da RJ-127, logo no km 14, simplesmente deixou de existir para os motoristas. Uma interdição total, sem rodeios. Quem estava a caminho de Piraí ou simplesmente tentando escapar do calor infernal da baixada ficou preso em um verdadeiro beco sem saída asfáltico.

E Agora, José? O DER-RJ Entra em Cena

O Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio (DER-RJ) — aqueles heróis ou vilões, dependendo do seu humor no trânsito — confirmou a interdição. A previsão? Ah, a sempre otimista e raramente cumprida "previsão". Eles esperavam liberar tudo às 16h. Spoiler: não liberaram.

Enquanto as equipes trabalhavam para remover toneladas de pedras e tornar a pista transitável de novo, os motoristas precisaram se virar nos 30. A orientação oficial foi uma só: usar a pista de descida para subir. Soa estranho? Pois é. Mas na prática, funcionou como um sistema de mão única improvisado, com aquela pitaca de terror de encontrar um caminhão vindo na direção contrária na próxima curva.

Nada como um pouco de emoção no caminho para casa, não é mesmo?

O Que Aprendemos com Isso?

  • Planejamento é uma palavra bonita, mas oftenly ignorada. Detonações são necessárias, mas a comunicação prévia poderia ter evitado tanto caos.
  • O trânsito carioca é uma caixinha de surpresas. Se não é um buraco do tamanho de uma piscina, é uma rocha no meio do caminho. Sempre algo.
  • Paciência se tornou o acessório mais importante do carro. Mais que o estepe ou o triângulo.

Por volta das 17h30, a situação começou a se normalizar — se é que podemos chamar de normalidade o trânsito lento e irritadiço de sempre. A pista foi liberada, mas o mau humor dos motoristas, esse ficou para a história.

Fica o alerta para os próximos dias: andar pela Serra das Araras requer, além de coragem, uma boa dose de fé no imprevisível. E talvez verificar no rádio ou nas redes do DER-RJ se a montanha ainda está no lugar antes de sair de casa.