Era pra ser mais um sábado de calor intenso, daqueles que convidam a um mergulho refrescante. Mas o que começou como brincadeira nas águas do Córrego da Prata, em Centralina, no Noroeste de Minas, se transformou num pesadelo que vai marcar para sempre a pequena comunidade.
Por volta das 15h30 de sábado — horário em que o sol ainda castigava forte — dois adolescentes resolveram se aventurar no córrego. A água, que parecia tranquila, escondia perigos que nem mesmo os mais experientes poderiam antever.
O Desespero Começa
Testemunhas contam que tudo aconteceu rápido demais. Um momento estavam rindo, no outro já lutavam contra a correnteza. E sabe como é, né? Águas correntes têm dessas manhas — parecem mansas na superfície, mas puxam com força surpreendente por baixo.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às pressas. Chegaram com várias viaturas e uma equipe de buscas determinada, mas... a natureza não facilitou o trabalho. O local é de difícil acesso, com pedras escorregadias e vegetação densa às margens.
Busca Incansável
Os bombeiros trabalharam sem parar, vasculhando cada metro daquele córrego. Mergulhadores especializados foram mobilizados, enquanto familiares e amigos aguardavam ansiosos na margem — cada minuto parecia uma eternidade.
Por volta das 18h30, veio a notícia que ninguém queria ouvir: encontraram o corpo de um dos adolescentes. A identidade ainda não foi divulgada, aguardando notificação dos familiares. É aquela parte triste que a gente sempre torce pra não ter que contar.
O que Acontece Agora?
Enquanto você lê esta reportagem, as buscas continuam — e como continuam! O segundo jovem segue desaparecido, e os bombeiros não medem esforços. Até mergulhadores do Grupamento de Operações Especiais (GOE) foram acionados para reforçar as buscas.
A Polícia Militar também está no local, dando apoio às operações e tentando entender exatamente como tudo aconteceu. Porque no meio da dor, sempre fica aquela pergunta: o que poderia ter sido diferente?
Alerta que Vem Tarde Demais
E aqui vai um desabafo: quantas vezes a gente já não viu histórias assim? Córregos, rios, lagoas — parecem inofensivos, mas escondem armadilhas que a gente só percebe quando é tarde demais.
Os bombeiros sempre alertam: antes de entrar em qualquer corpo d'água natural, observe a correnteza, verifique a profundidade, procure por galhos submersos. Melhor prevenir do que... bem, você sabe.
Enquanto a noite caía sobre Centralina, as luzes dos veículos de emergência ainda iluminavam o córrego. Uma comunidade inteira respira fundo e torce — torce muito — por um milagre que, francamente, parece cada vez mais distante.
