
Era pra ser mais um dia de diversão, mas acabou em luto. Um adolescente de 16 anos — que preferia pescar a ficar grudado no celular — não voltou pra casa depois de entrar nas águas do rio em Castanhal, nordeste do Pará. Segundo testemunhas, ele simplesmente desapareceu debaixo d'água, como se o rio tivesse engolido ele num piscar de olhos.
O Corpo de Bombeiros chegou rápido, mas já era tarde. Mergulharam, reviraram cada canto, até que... Encontraram. O silêncio que se seguiu foi mais pesado que a água daquele rio. A família, em choque, não conseguia acreditar. "Ele nadava aqui desde criança", disse um tio, com a voz embargada.
Águas traiçoeiras
Quem mora por ali sabe: o rio tem suas manhas. Parece calmo na superfície, mas as correntezas são traiçoeiras — especialmente nessa época do ano, quando as chuvas aumentam o volume d'água. E o pior? Não tem placa de aviso, nem boia salva-vidas, nada. Só o conhecimento de quem já viveu bastante pra desconfiar do que as águas escondem.
Os bombeiros, cansados de ver casos assim, soltaram o alerta: "Água doce não é piscina, gente". Mas será que alguém escuta? Todo verão a história se repete, como um filme triste que ninguém quer ver, mas todo mundo acaba assistindo.
E agora?
A polícia vai investigar — como sempre fazem. A prefeitura promete "estudar medidas" — como sempre prometem. E a família? Bem, a família vai ter que aprender a viver com um vazio que nenhum rio do mundo seria capaz de preencher.
Enquanto isso, no mesmo rio, outras crianças continuam brincando. A vida segue, implacável, como a correnteza que não para pra chorar.