
O Tribunal de Contas do Maranhão acaba de dar um puxão de orelha e tanto na administração municipal de Bom Jardim. E olha que o assunto é sério — estamos falando de uma licitação que beira os impressionantes R$ 229 milhões, simplesmente travada por conta de uma série de problemas considerados graves pelos técnicos do tribunal.
Parece que a coisa não estava cheirando bem desde o início. O edital, segundo os especialistas do TCE, apresentava falhas que poderiam — pasmem — direcionar a disputa para determinadas empresas. Coincidência? Difícil acreditar. A verdade é que quando se mexe com dinheiro público nessa magnitude, todo cuidado parece pouco.
O que exatamente deu errado?
Os detalhes técnicos são complexos, mas vou tentar simplificar: basicamente, o documento que regulamentava a licitação continhe brechas que permitiriam, digamos, "jogar o jogo" de forma pouco transparente. O tribunal foi categórico ao apontar que essas irregularidades comprometiam seriamente a isonomia entre os possíveis concorrentes.
E não foi algo rápido — a análise minuciosa do TCE identificou múltiplos pontos problemáticos. A situação chegou a tal ponto que os conselheiros não tiveram alternativa senão suspender todo o processo até que todas as ressalvas sejam devidamente sanadas pela prefeitura.
E agora, o que acontece?
Bom, a bola voltou para o campo do município. A administração de Bom Jardim terá que se virar nos trinta para corrigir todas as inconsistências apontadas pelo tribunal. Só depois disso — e mediante uma nova análise — é que a licitação poderá seguir seu curso normal.
O que me preocupa, francamente, é o timing de tudo isso. Processos licitatórios não são exatamente conhecidos por sua agilidade, e com essa interrupção... bem, é melhor não criar expectativas de resolução rápida.
Enquanto isso, a população fica naquele suspense: será que o recurso público — que, no fim das contas, é dinheiro de todos nós — está sendo gerido com o devido cuidado? A resposta, pelo menos por enquanto, parece ser um sonoro "não".
Resta torcer para que as correções sejam feitas com a seriedade que o caso exige. Afinal, R$ 229 milhões não é brincadeira — é verba que poderia transformar realidades em Bom Jardim, se aplicada corretamente.