
O coração aperta só de pensar. Naquele galpão industrial em Farroupilha, no Rio Grande do Sul, a vida de uma família mudou para sempre numa terça-feira comum que se transformou em pesadelo. Uma jovem de 23 anos — cheia de planos, amor para dar e receber — não voltaria para casa.
Ela estava lá, trabalhando normalmente, quando aconteceu o impensável. Uma carga enorme de serragem simplesmente desabou sobre ela. Imagina a cena: num instante, a escuridão, o peso, o desespero. Colegas de trabalho correram, tentaram ajudar, mas a situação era crítica demais.
O sonho interrompido
O que mais dói no peito é pensar no que estava por vir. A moça — cujo nome ainda não foi divulgado — tinha o casamento marcado. Marcado para daqui a exatas vinte dias. Vinte dias que separavam ela do vestido branco, dos votos, da celebração do amor.
O noivo deve estar em pedaços. A família, despedaçada. Como explicar que a vida pode ser tão cruel? Um momento de felicidade máxima transformado na maior das tragédias.
O resgate e a dor
Os bombeiros chegaram rápido, mas a situação era complicada. A serragem é traiçoeira — ocupa espaços, preenche tudo, sufoca. Eles trabalharam contra o tempo, tentando resgatar a jovem com vida.
Mas quando finalmente a encontraram, já era tarde demais. O Samu confirmou o que todos temiam: ela não resistiu. A notícia correu pela cidade, deixando todo mundo de luto.
E agora? Agora vem a parte burocrática da morte — o corpo foi levado para o IML de Caxias do Sul, onde peritos vão tentar entender exatamente o que aconteceu. A Polícia Civil já abriu inquérito, claro. Alguém precisa responder por isso.
Perguntas que não calam
Como é que algo assim ainda acontece? Que tipo de segurança tinha no local? A serragem estava armazenada como deveria? São questões que vão ecoar pelos tribunais, com certeza.
Enquanto isso, numa gaveta em algum lugar, deve estar o vestido de noiva. As alianças encomendadas. Os convites prontos para serem enviados. Tudo parado no tempo, como a vida dessa jovem que partiu tão cedo.
O Rio Grande do Sul chora mais uma morte evitável. E a gente fica aqui pensando — quantas vidas precisam ser interrompidas antes que a segurança no trabalho seja levada a sério de verdade?